O provedor da Santa Casa de Panorama, Paulo César dos Santos Rafael, planeja suspender os serviços de parto e internação, considerados de urgência, à pacientes residentes em Paulicéia para pressionar o prefeito Waldemar Siqueira Ferreira (Mazinho), a cumprir com a promessa de ajudar financeiramente na manutenção da Santa Casa, unidade hospitalar usada como referência pelo município vizinho. O repasse chegou a ser confirmado pelo próprio prefeito no mês passado, mas até o momento, nada de concreto aconteceu como informou em entrevista recente ao JR concedida pelo provedor.
Segundo Rafael, R$ 10 mil no mês é o valor combinado a ser repassada pela Prefeitura de Paulicéia à Santa Casa de Panorama. O provedor afirmou ainda que o Ministério Público será informado sobre a medida suspensiva antes de qualquer iniciativa da unidade.
A razão da insistente cobrança encampada pela provedoria da Santa Casa nos últimos meses se deve ao número excessivo de atendimento no hospital acima da cota reservada a Paulicéia, custeada pelo Ministério da Saúde dentro da fatia mensal de R$ 50.330 mil, para pagamentos de partos e internações. Para se ter noção dessa realidade, Paulicéia tem direito a cada mês a quatro partos, uma internação pediátrica, quatro internação adulta/clínica e 48 exames de raio-X. Mas o que realmente vem ocorrendo é que, segundo o provedor, são atendidos 66 gestantes e oferecidos em média 110 exames de raio-X.
OUTRO LADO – Por telefone, o assessor de gabinete da Prefeitura de Paulicéia, Jailson Otoni, disse que o Governo Municipal estuda alternativas para colaborar com a Santa Casa de Panorama pelos meios legais. Sem estabelecer prazo para resolução desse impasse, acrescentou ainda que a Prefeitura esta tomando providências em relação ao caso.