Donos de peixarias em Panorama estão empolgados com a chegada da Semana Santa, cujas expectativas de vendas variam entre 20 a 30% em relação às vendas do ano passado. Tanto as vendas no varejo quanto no atacado, o ânimo do comerciante do ramo de pescado esta em alta.
Segundo o comerciante Walter Carvalho da Silva, da Peixaria Pintasilgo, três fatores determinaram na procura pelo peixe, tempo frio, dificuldades na captura de algumas espécies no Rio Paraná e feriado prolongado.
Na lista dos peixes mais pedidos pela clientela esta o filé de tilápia, costela de pacu, piapara, pintado, jaú, pirarara e barbado. Uma parte desses peixes Walter encomenda de produtores no município de Santarém (PA) e no estado do Paraná.
Fornecedor no mercado atacadista há seis anos, Sérgio Watanabe durante todo o mês transporta dezenas de quilos de peixes para a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), em São Paulo. Para esta época, presume aumento de 20% nas vendas acima do que foi comercializado fora da Semana Santa. Ele leva para São Paulo espécies como a tilápia, pacu e pintado, peixes produzidos em tanque.
Se a corrida pelo peixe deixou o produto mais caro, o aposentado Orlando Mendes de Souza, 65 anos, disse que não. “O preço está bom, todos os anos compro os mesmos quatro quilos de curimba e sardinha na mesma peixaria”, disse.  
Se a venda está a todo vapor nas peixarias da cidade, no rio a pescadores estão reclamando da pescaria fraca. Em relação a isso, a reportagem procurou saber das causas dessas reclamações com o presidente da Colônia dos Pescadores Z-15 José More, Orisvaldo Barreto, que comentou ser comum a dificuldade da captura de peixes neste período após a abertura da pesca. “Isso acontece todos os anos, essa fase dura aproximadamente um mês”, disse Barreto.