Embora o Estado de São Paulo tenha o maior mercado de exibição cinematográfica do País, para muitos paulistas o prazer de assistir a um filme na tela grande é simplesmente impossível, em função da ausência de salas de cinema em várias cidades. Com o objetivo de ampliar o acesso à sétima arte para um número maior de cidadãos, o governador Geraldo Alckmin formalizou na última quarta-feira, 16 a doação de 150 kits de projeção para municípios paulistas e 18 para assentamentos rurais, quilombos e entidades. O investimento, da Secretaria de Estado da Cultura, é de R$ 2 milhões.
“Hoje é um dia muito feliz, pois temos como parceiros as prefeituras, os assentados e os quilombolas. E também porque estamos descentralizando a cultura, levando-a a todo nosso Estado, ao encontro das pessoas, dos municípios e da área rural”, disse o governador Geraldo Alckmin. A cerimônia também contou com a participação do secretário de Estado da Cultura, Marcelo Araujo, e da secretária de Justiça e Defesa da Cidadania, Eloisa Arruda.
“Em Bastos, há muito tempo não existe uma sala de cinema. Então, há uma geração inteira que nunca teve acesso a essa arte, e que agora vai ter”, ressaltou Virgínia Fernandes, prefeita de Bastos, falando em nome dos demais chefes de Executivos municipais.
O Programa de Incentivo à Criação de Salas de Exibição de Filmes existe desde 2010 e já beneficiou 140 municípios no interior e litoral. Com esta nova doação – totalizando 308 kits distribuídos -, o Estado já investiu R$ 3,9 milhões no programa. Cada kit é composto por uma tela de projeção de 3 x 4 metros, um projetor, aparelho de DVD, mesa de som e caixas de som. A maior parte das cidades atendidas tem menos de 50 mil habitantes.
“A Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo trabalha de forma transversal com relação ao audiovisual. Apoiamos a produção por meio dos programas de incentivo à cultura, patrocinamos alguns dos maiores festivais de País, mas também estamos muito atentos à necessidade de ampliar o acesso ao cinema nas cidades, para que esta linguagem artística conquiste novos públicos e para que os cidadãos tenham a possibilidade de desenvolver seu pensamento crítico e a sua cidadania por meio do contato com os filmes”, afirma o secretário de Estado da Cultura, Marcelo Mattos Araujo.
Além de não possuir sala de cinema, outro critério de escolha das cidades foi a apresentação, por parte do município, de um plano de uso dos equipamentos. Isso porque cada cidade é responsável pela operação do programa e deve garantir a realização de sessões inteiramente gratuitas. É responsabilidade das Prefeituras, ainda, disponibilizar espaço para as sessões, que também podem ser itinerantes. Auditórios, bibliotecas, escolas, praças e até plenário de câmaras municipais têm sido usados como locais de exibição pelas cidades que participam do projeto.
PONTOS MIS – Os municípios que receberão os novos Kits Cinema podem aderir, ainda, ao programa Pontos MIS, passando a contar com a assistência do Museu da Imagem e do Som de São Paulo para compor a programação de filmes e atividades associadas, como oficinas e palestras. Os programas oferecidos pelo MIS são compostos normalmente de um longa e um curta-metragem, mesclando cinema nacional e estrangeiro; animações, ficções e documentários.
O projeto, criado em 2011, também busca incentivar a produção local de filmes, com convocatórias para seleção de realizadores que, então, participam de cursos e ganham a assistência do MIS na edição de curtas-metragens.
Só em 2013, os 140 Pontos MIS em funcionamento em 130 municípios paulistas atenderam um público de 200 mil pessoas.
REGIÃO – Os municípios da microrregião de Dracena que vão receber kits cinema em 2014 são Adamantina, Irapuru, Nova Independência, Panorama e São João do Pau D’Alho.
Para mais informações acesse o site oficial da Secretaria de Estado da Cultura: www.cultura.sp.gov.br.