Fundado no ano de 2000, o Grupo de Ciências Luckesi (GCL), da escola José Firpo, de Lucélia, desenvolve ao longo destes anos, diversos projetos, e, entre eles, o que mais se destacou e ainda continua em evidência é o da área da paleontologia.
A ideia de formar um grupo partiu de cinco professores da escola. Hoje, 14 anos depois, o grupo é coordenado por dois destes fundadores, o professor de física, Paulo Sergio Fiorato e professor de Matemática, José Luis Duarte.
Tudo começou com doações de fósseis de dinossauros. O primeiro a chegar até o grupo foi uma ossada encontrada em Flórida Paulista; em seguida, outra encontrada em um poço, na cidade de Adamantina.
Em 2003, os próprios alunos coordenados pelos professores iniciaram as escavações e encontraram as primeiras peças em Flórida Paulista.
Desde então, a escola vem compondo a Estação de Paleontologia, vinculada à Unesp de Rio Claro e instalada na própria escola. As peças expostas na Estação são de coleções do Grupo de Ciências Luckesi, de Lucélia; doações de Wander Oliveira, de Flórida Paulista; professor Fabiano Rodrigo Biffe, de Adamantina e Sandro Crepaldi, de Flórida Paulista.
O projeto Dino, como foi batizado, é um dos 36 mini projetos desenvolvidos pelo Grupo de Ciências.
Além desta Estação, o Grupo pretende estender para as cidades de Adamantina, Flórida Paulista e Pacaembu. Em Adamantina, ainda é estudado o local apropriado para instalação, já em Flórida Paulista, a Estação já funciona a cerca de seis meses, na Escola Estadual Pércio Gomes Gonzales.
De acordo com o professor Paulo, é impossível enumerar quantos membros fazem parte do grupo atualmente. Ele explica que além dos alunos do ensino médio, que lideram o projeto, os estudantes do fundamental, os professores, funcionários e ex-alunos também estão engajados.
Para Paulo, um dos pontos mais interessante é a participação de ex-alunos. Ele conta que pessoas que estudaram na Firpo, na década de 60, se interessaram pelo projeto e até hoje estão envolvidos. Além de pessoas que participaram do Grupo de Ciências na condição de alunos, e mesmo com a conclusão dos estudos continuam envolvidos com o projeto. “Essa história de manter relação com ex-aluno tem sido fundamental”, revela o professor. Segundo ele, alguns ex-alunos que hoje são advogados, professores dão assessoria ao grupo, cada qual em sua área.
Em dias de expedições, que costumam ser realizadas de dois em dois meses, o paleontólogo Reinaldo Jose Bertini, também da Unesp de Rio Claro, acompanha o grupo.
Segundo o professor Paulo, sempre que acontecem estas escavações, o grupo encontra diversas peças ou fragmentos que são levados para a Estação de Lucélia, para ser iniciado o trabalho de restauração e preparo das peças para a exposição, pelos próprios alunos, além dos estudos.
Alguns fósseis em exposição são de mais de 300 milhões de anos atrás. Além de ossos de dinossauros, há diversos fósseis de peixes, tartarugas e rinocerontes.
Embora a Estação Paleontológica esteja instalada na escola, o projeto é todo liderado pela Unesp de Rio Claro. Segundo o professor Paulo, as Estações são como uma extensão do campus da Universidade, que presta a orientação necessária ao grupo, por meio de apoio técnico e pedagógico para o desenvolvimento dos projetos. Sendo assim, a referida região está sob monitoramento da Unesp de Rio Claro.