Os moradores do bairro Guaraniuva e adjacências, em Pacaembu, estão passando por transtornos no atendimento à saúde. O motivo é que a unidade do Programa de Saúde da Família (PSF) do bairro, que por cerca de dez anos atendia a população está paralisado, com obra de reforma e ampliação inacabada. A consequência é que moradores residentes no bairro e proximidades são obrigados a se descolarem até a área central, onde funciona o posto de saúde central e o PSF que foi transferido para um prédio em anexo. 

A mudança tinha como objetivo, segundo moradores, funcionar até a conclusão da reforma, ampliação e adequações no prédio do PSF no bairro Guaraniuva. Segundo moradores vizinhos ao Posto, as reformas e adequações começaram a ser feitas, mas não tiveram continuidade.
Entre as famílias prejudicadas, uma reside em frente ao PSF. Uma das moradoras da casa, Valéria Moreira, 25, é paraplégica. “Ela era atendida aqui, bastava atravessar a rua, agora é preciso que meu pai a transporte para o PSF no centro”, informa a irmã e dona de casa, Vanessa Moreira Gaudeira.
As dificuldades aumentaram muito para Valéria. “A minha irmã precisa fazer curativos, inalações ou pegar medicamentos, aqui (no PSF), havia pediatra e clínico geral e agora está difícil, principalmente para quem tem criança e normalmente precisa de atendimento médico”, explica Vanessa.
Ela ressalta que enfermeiras do PSF iam até a residência para atender a irmã deficiente. “Esse atendimento também foi suspenso”, constata.
Outra reclamação dos moradores vizinhos é em relação ao asfalto que acaba a poucos metros da casa, logo depois do PSF. “Falaram que iriam asfaltar, mas e até agora, nada”, lamenta a moradora, acrescentando que as famílias, além de estarem sem o PSF, são obrigadas a conviver diariamente com a poeira da rua e o barro nos dias de chuva.
PREFEITURA – Segundo o diretor municipal de Saúde, Moacir Longhi, as famílias do bairro e vizinhança estão recebendo atendimento no PSF do centro. Ele diz que entende as reclamações dos moradores. “São pessoas de idade que têm que se descolar”, afirma.
De acordo com Longhi, a verba para construção do PSF é do Governo Federal (R$ 270 mil), mas a empreiteira que venceu a licitação não entregou a obra. “Queríamos inaugurar o PSF no aniversário da cidade, 2 de abril, mas a empresa não entregou o prédio”, reitera.
O diretor informa que a Prefeitura acionou judicialmente a empreiteira e o Governo Federal estabeleceu novo prazo à empresa para conclusão da obra, no mês de setembro. “Assim que a empresa entregar o prédio, o PSF será inaugurado”, afirma.
Sobre o asfalto que está faltando, o diretor afirmou que a Prefeitura vai fazer a pavimentação no local, ligando os bairros Guaraniuva a Nova Pacaembu.