Em Brasilândia (MS), as crianças da rede municipal e estadual de ensino da zona urbana participaram da Semana do Programa Saúde na Escola (PSE). O objetivo do evento foi contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento dos alunos. Até o momento, já foram atendidas 2.542 crianças e as escolas da Debrasa e da Aldeia Ofaié ainda serão acompanhadas, provavelmente no próximo mês.
A fisioterapeuta do Núcleo de Apoio à Saúde e Família (Nasf), Mirele Evaristo, que dá apoio ao programa, explicou que os estudantes são avaliados de acordo com os territórios definidos, segundo a área de abrangência da ESF (Estratégia de Saúde da Família).
A Escola Municipal Paulo Simões Braga e Centro Educacional Infantil Henrique Mendonça Quintino pertencem ao ESF II; as escolas municipais Arthur Hoffig e Antônio Henrique Filho e Centro Educacional Infantil Carmelita Barbosa Caitano são da região da ESF I e a Escola Estadual Adilson Alves da Silva e Escola Ofaié e Debrasa pertencem ao UBS (Unidade Básica de Saúde).
Primeiramente, é feita a Semana Saúde na Escola com uma introdução do que deve ser feito. Os profissionais da Saúde recebem um guia para realização de oficinas que serão trabalhadas dentro da sala de aula. Os temas são escolhidos pela unidade escolar e foram apresentados neste ano: as práticas corporais, atividade física e lazer numa perspectiva de cultura de paz e direitos humanos, participação juvenil e infantil e conhecendo seus parceiros. O planejamento destas ações é considerado o contexto escolar e social, o diagnóstico local em saúde do escolar e a capacidade operativa em saúde do escolar.
Após o trabalho em sala, as crianças participam de atividades que visam incentivar o trabalho em equipe.
No mês de outubro, começa a segunda fase do programa com as seguintes avaliações: antropométrica (medida do peso e altura), acuidade visual, avaliação bucal, verificação de possíveis manchas na pele, verificação da pressão arterial e verificação/atualização da carteira de vacina.
Após esta fase, todos os dados são inseridos no sistema E-SUS e as informações de cada aluno vão para o cartão de identificação do SUS.
Além disso, caso o aluno apresente alguma irregularidade, é feito o acompanhamento e atendimento nas próprias unidades de saúde. “A escola faz o contato com os pais para informar a situação da saúde da criança e orienta o atendimento médico”, disse.
AVALIAÇÃO – No ano passado, a triagem feita pela saúde identificou que em Brasilândia, há crianças que estão abaixo do peso e 75% apresentaram cárie. “Nós pedimos para que a família fique mais atenta à alimentação da criança e principalmente que levem regularmente ao dentista. Nosso município não tem fila de espera de atendimento odontológico e todos os ESFs possuem dentista”, explicou a fisioterapeuta.
A quantidade de alunos avaliados vai de acordo com o número de cadastros feito pela Secretaria Municipal de Educação. O programa começou em agosto e continua no decorrer de um ano para outro. O PSE é promovido pelos ministérios da Educação e Saúde, e, desenvolvida pela Prefeitura de Brasilândia, por meio das secretarias municipais de Saúde e de Educação.