Produtores rurais de Junqueirópolis já não sabem mais o que fazer para exterminar a mosca do estábulo, praga que se alimenta do sangue de animais e até dos humanos e causa desconforto, incomodando principalmente o rebanho bovino e resultando em prejuízos na produção. No mês passado, os produtores entregaram ofício ao prefeito Hélio Furini solicitando apoio e maior discussão do caso.
Na noite da última terça-feira, 14, representantes das usinas de açúcar e álcool da região, autoridades municipais, profissionais da Unesp de Dracena, Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) de Adamantina, Coordenadoria de Assistência Técnica e Integral (Cati) Regional de Dracena e o promotor de justiça, Luiz Henrique Brandão, 3ª Vara da Comarca de Dracena se reuniram para debater o problema e buscar soluções.
O diretor de Agricultura, Roberto Hiroshi Fujiwara, informou que inquérito civil está em andamento para buscar mais informações e medidas que futuramente podem ser adotadas para a solução do caso. Segundo ele, não há como eliminar a mosca do estábulo, uma vez que, “o descarte da vinhaça feito pelas usinas está aparentemente correto e outras possibilidades devem ser analisadas”.
Fujiwara ainda citou que a Prefeitura comunicou o caso para a Secretaria de Agricultura do Estado, solicitando auxílio e apoio para o problema na região. Ele mencionou que o órgão está buscando soluções através de um pesquisador da área, que em breve deverá vir à região para diagnosticar o caso junto aos produtores.
José Vilela, um dos produtores rurais afetados com a mosca do estábulo, disse que não está satisfeito com o que foi proferido na reunião e avisou que os produtores necessitam de informações mais sólidas quanto ao caso. “Queremos soluções imediatamente. A produção está caindo e providências precisam ser tomadas rapidamente”, frisou.
De acordo com Vilela, um dos professores da Unesp que estava presente na reunião, comentou que diminuir a lâmina da vinhaça de 30 para menos de 10 milímetros poderia funcionar, visto que, a terra absorverá facilmente o resíduo, sem criar poças, impedindo a criação das moscas. Produtores deverão promover reunião em breve para decidir o que será realizado.