O sinal de alerta no combate à leishmaniose está novamente ligado em Osvaldo Cruz, após toda polêmica que envolveu o furto de animais que estavam contaminados e, posteriormente, foram recuperados pela Prefeitura e sacrificados.
Em entrevista o médico veterinário da Vigilância Epidemiológica, Marcelo Cândido da Silva, lembrou que desde 2007, quando foi diagnosticado o primeiro caso da doença em seres humanos, já houve 49 casos na cidade (em pessoas) dos quais cinco pessoas morreram. Em 2014 já são quatro casos em seres humanos.
Por isso, o médico reforçou o que diz a resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária que indica a eutanásia como única solução para controlar a doença – uma vez que não há tratamento indicado pelo Ministério da Saúde. “É um caso de saúde pública, já que os cachorros estavam contaminados. Não há tratamento e, inclusive, o médico veterinário que trata esse cão pode ser denunciado e há punição para o médico que tratar”, explicou Cândido.
DIMINUIÇÃO DE CASOS – Ainda de acordo com o médico, ações da Prefeitura nos últimos anos têm ajudado na diminuição dos casos positivos da doença.
“O Estado nos manda kits de testes rápido para que possamos fazer o inquérito. Todo esse trabalho tem nos ajudado e resultado na diminuição dos casos”, garantiu Cândido.
Apesar disso, o médico reforça a preocupação com o tema e pede mais responsabilidade, por parte de toda a população, para evitar a proliferação do mosquito palha – que é o transmissor da leishmaniose.
“Isso envolve a população inteira. Temos que reagir, principalmente os proprietários dos animais, limpar e cuidar das residências para evitar a proliferação do mosquito”, finalizou Marcelo Cândido.