Na última semana, a Santa Casa de Adamantina protocolou na Prefeitura a rescisão do contrato de administração do Pronto Socorro da cidade. Com isso, a Administração Municipal tem até o dia 20 de dezembro para assumir o atendimento de urgência e emergência no município.
De acordo com o secretário de Saúde, Jorge Chihara, há cerca de 30 anos a Prefeitura repassa recurso financeiro para que a Santa Casa administre o serviço no espaço que pertence ao hospital. Atualmente este valor é de R$ 215 mil mensal. “O atendimento de urgência e emergência é de responsabilidade do município e hoje tem um convênio que a Prefeitura terceiriza isso para Santa Casa”, disse.
Segundo o secretário, a princípio, a Santa Casa se queixou do espaço físico e pediu que a Prefeitura providenciasse outro local para o Pronto Socorro atender. Foi feito então uma proposta, que segundo Chihara, era de aguardar a inauguração da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), para que com o espaço novo, a Prefeitura reestruturasse o serviço. No entanto, a Santa Casa decidiu pedir a rescisão do contrato antes que isso acontecesse. “No meu entendimento particular, hoje nós temos o Pronto Socorro que atende urgência e emergência, onde temos um médico 24 horas e um médico das 10h às 22h. Na UPA vamos ter dois médicos 24 horas. Então, eu acho que com a UPA funcionando, não vamos ter necessidade de manter o Pronto Socorro nos moldes que está hoje”, disse.
O secretário já havia falado sobre o assunto durante audiência pública da Saúde, realizada em setembro. “Não é uma posição tomada, mas é algo que deve ser conversado. Por outro lado, temos o problema financeiro. A UPA vai custar em torno de R$ 350 mil quando começar funcionar, só R$ 100 mil vem do Governo Federal. E eu, como parte da prefeitura, não tenho recurso financeiro de tocar a UPA e manter o Pronto Socorro do jeito que está”, desabafou.
Ele garante que não haverá o risco da população ser prejudicada. “Estamos conversando com Ivo (prefeito de Adamantina) pra ver a melhor saída para isso. Mas o que posso garantir é que o atendimento do Pronto Socorro vai continuar, é isso o que eu posso garantir. Se vai continuar lá ou não, nós precisamos comunicar o Ministério Público sobre essa rescisão unilateral do contrato e vamos negociar neste período para achar uma solução”, tranquilizou.
Ainda conforme o secretário existe algumas alternativas que estão sendo estudadas. Questionado pela reportagem ele revelou que o pedido de prorrogação da rescisão contratual, ou então, a utilização somente do espaço físico do Pronto Socorro é uma das alternativas.
Quanto a UPA, ele acredita que somente no segundo semestre de 2015 a unidade entre em funcionamento.