Peritos da Polícia Científica realizaram na manhã de ontem, 29, a reconstituição do atropelamento que matou a jovem Ana Clara Zorneck, 16, na madrugada do dia 25 de dezembro do ano passado, em Pacaembu.
A reprodução simulada dos fatos contou com a participação dos jovens que estavam com a adolescente no momento do acidente. Em detalhes, eles relataram aos peritos como tudo aconteceu para a reconstituição da cena. As testemunhas mantêm a versão de que o motorista jogou o carro em direção à jovem.
Em conversa com a reportagem, o delegado que conduz as investigações, André Eustáquio da Fonseca, relatou que um fato relevado por um dos amigos de Ana Clara poderá ser decisivo na apuração do inquérito.
Segundo Fonseca, teria ocorrido um encontro entre a jovem e o autor do atropelamento, momentos antes do acidente que matou Ana Clara. “Isto demonstra que o causador do acidente teve um contato anterior com ela e que, portanto, a conhecia”, disse o delegado.
A reportagem apurou que horas antes do acidente, o rapaz de 29 anos, autor do atropelamento, teria abordado Ana Clara quando a jovem estava com as amigas em um posto de combustíveis na avenida vereador José Gomes Duda. Em seguida, a jovem e seus amigos foram até a rua Amador Rodrigues, no Jardim Esplanada, onde ocorreu o acidente.
Os peritos realizaram outra simulação no posto de combustíveis para anexar ao material da polícia científica.
A partir do material colhido na manhã de ontem, 29, a polícia científica irá expedir um laudo que será utilizado no inquérito da Polícia Civil. Outro laudo pericial ainda deve ser concluído antes que as investigações se encerrem. A previsão, segundo o delegado, é que o inquérito seja concluído na próxima semana.
O homem de 29 anos, que confessou ser o condutor do carro que atropelou Ana Clara, está preso temporariamente na Cadeia Pública de Adamantina desde o dia 9 de janeiro e não quis participar da reconstituição do acidente. O prazo da prisão temporária do homem se encerra no próximo dia 6 de fevereiro, mas pode ser prorrogado.