Mais de 30 pessoas já foram ouvidas pela Polícia Civil de Adamantina, sobre o caso dos trotes violentos sofridos por ao menos seis alunos da FAI (Faculdades Adamantinenses Integradas), na primeira semana de aula.
De acordo com a delegada da Patrícia Vasques, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), o inquérito ainda está em andamento e mais pessoas deverão ser ouvidas. Ela também aguarda a conclusão de laudos periciais.
Além de seis vítimas que registraram ocorrência policial de lesão corporal, outros calouros sofreram violência durante os trotes, no entanto, preferiram não registrar ocorrência.
A delegada disse, ainda, que a maioria dos envolvidos na ocorrência, tanto vítimas, como participantes dos trotes, são de cidades vizinhas a Adamantina.
A Polícia Civil identificou as pessoas envolvidas através de fotografias postadas em redes sociais e outras obtidas por meio de investigação.
Segundo a delegada, não há prazo para encerrar as investigações levando em conta o número de envolvidos.
RECUPERAÇÃO – A primeira vítima a registrar queixa na polícia foi Natália de Souza Santos, 17 anos, de Flórida Paulista, que sofreu queimadura nas pernas após veteranos jogarem ácido nela.
A reportagem entrou em contato com a jovem que disse já ter retornado às aulas. “Já tirei as faixas das minhas pernas e as queimaduras estão cicatrizando”, disse.
Segundo ela, o retorno às aulas transcorreu com tranquilidade e os alunos tiveram total respeito. A FAI, segundo sua assessoria de imprensa, manteve contato com as vítimas logo no início. A instituição abriu uma sindicância para apurar o fato e disse que irá punir os responsáveis que praticaram o ato violento.