Vai deixar saudade, o monte-castelense Osvaldo Manoel Onório Magalhães, popularmente conhecido por Vadão, que faleceu após as 12 horas de ontem, 13, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo onde estava internado desde o dia 15 de janeiro. Ele era casado com Elita e deixa as filhas Gabriela e Isabela.
Desde o início da semana a reportagem do Jornal Regional vinha colhendo informações com seus familiares sobre o tratamento de saúde que estava recebendo no hospital, considerado referência no País. O especial sobre a vida dele seria publicado na edição deste domingo, 15, o que infelizmente, não houve tempo. Vadão não resistiu após passar por transplante de coração, em cirurgia realizada na manhã de quinta-feira, 12. O coração novo foi rejeitado pelo organismo.
CANTOR – Professor e cantor nas horas vagas, Vadão encantou muita gente com a voz dele em muitos bailes, festas de aniversário e de casamento em diversas cidades da região, no entanto, devido aos problemas de saúde, há dois anos estava afastado dos palcos.
Quem conta um pouco a história do cantor é a irmã dele Zilia Sueli Onório Magalhães Sobrinho, que não escondeu o sentimento grande de carinho que tem pelo irmão.
Sem saber que essa sexta-feira seria de um dia triste na família, Zilia pedia com bastante fé em suas orações um coração novo ao irmão, que completaria no próximo dia 8 de abril, 64 anos de idade.
Ela conta que há algum tempo ele sofreu um infarto leve, porém não percebeu. Somente quando há aproximadamente nove anos veio a ter novamente outro infarto, desta vez mais forte, procurou o médico cardiologista Fernando Bacal que verificou que parte do coração do cantor estava necrosada, por isso necessitava passar por um transplante. Mesmo assim, recebeu três pontes de safena e uma mamária.
Desde então começou a corrida contra o tempo, e a procura por um doador compatível.
Vadão foi internado no Hospital Albert Einstein, pelo sistema filantrópico oferecido pelo hospital, e recebia atendimentos médicos desde o dia 15 de janeiro.
Zilia conta que ele foi colocado em 1° lugar na lista de prioridade para receber o transplante. Teve que enfrentar alguns obstáculos, entre eles, sessões de hemodiálises, muita fisioterapia para os músculos não ficarem flácidos, teve pneumonia, insuficiência respiratória e estava com balão de oxigênio.
O corpo de Vadão estava previsto para chegar hoje, 14, em Monte Castelo, onde será sepultado.
IRMÃO – A doença de Vadão o uniu ainda mais ao irmão dele, João Batista Onório Magalhães, conhecido pelo apelido de Nenzo. O ex-jogador de futebol que também reside em Monte Castelo, deixou os gramados aos 33 anos de idade, quando descobriu que tinha uma doença congênita no coração. Desde então fazia acompanhamento médico.
No ano passado, Nenzo sofreu um infarto e Vadão o levou para uma consulta com o médico Fernando Bacal.
A vida voltou a surpreender a família Magalhães, assim como Vadão, Nenzo descobriu que também precisava passar por um transplante.
Ele que está internado desde o último sábado, 7, também no Hospital Albert Einstein, está na fila de prioridade para receber o novo coração para ter uma qualidade de vida melhor.
Casado com Leda e pai de Cristina, Marcela e João Carlos, o aposentado que trabalhou por muitos anos na Prefeitura de Tupi Paulista e Monte Castelo, assim como toda a família, Nenzo, aos 66 anos, aguarda ansioso a nova batida do coração.