O prefeito de Adamantina, Ivo Santos, recebeu nessa terça-feira, 17, em seu gabinete, os açougueiros que faziam uso do Matadouro Municipal antes de seu fechamento, para ouvir a proposta de reabertura do local.
O grupo que havia se reunido na semana anterior com o Poder Legislativo relatou a importância do espaço para os açougues e mercados de Adamantina, que atualmente recorrem muitas vezes à compra de carne dos frigoríficos, ou então, ao abate em outros municípios, o que acarreta custos elevados principalmente para os pequenos empresários.
O grupo que pretende se formalizar como associação, revelou que teve acesso ao edital da licitação de concessão de uso do Matadouro, que ao fim foi declarada deserta, sem o interesse de nenhuma empresa ou associação em assumir o local. O porta voz dos açougueiros, Maercio Ravazi acredita que o motivo do desinteresse foi a má elaboração do edital, que sugeria o abate de suínos e outros animais. “Sabe por que nenhuma empresa privada ou associação não participou da licitação? Por que quem fez essa licitação não sabe fazer”, disse ele.
O local encontra-se fechado desde 2013, por meio de decreto, após sofrer três autuações da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) que apontou irregularidades ambientais, como o descarte dos efluentes líquidos que não estava de acordo com as normas. A ideia dos açougueiros é buscar parceria com a Sabesp para regularizar esse descarte.
O prefeito Ivo Santos por sua vez salientou a falta de recursos da Administração Municipal e concluiu que: “como prefeitura, não gostaria de assumir o controle de pessoal”, revelou. “Gostaria que vocês se responsabilizassem por isso”, disse. Ele solicitou ao grupo que elabore um projeto com levantamento de custos para que seja estudada a proposta de reabertura do local.
O prefeito também mencionou o interesse de uma empresa da cidade em assumir o matadouro e no local montar uma fábrica de osseína com geração de 400 empregos.
O setor jurídico da Prefeitura, que também participou da reunião, destacou a necessidade de haver uma concorrência pública para tomar qualquer decisão e ainda, sugeriu no caso de abertura de uma nova licitação, que haja uma adequação no edital.
A reunião contou com a presença de vários secretários municipais e de vereadores, além dos açougueiros e agropecuaristas.