A Cooperativa das Indústrias Cerâmicas do Oeste Paulista (Incoesp) pediu R$ 3 milhões emprestados à Agência de Desenvolvimento Paulista, instituição financeira do governo do Estado de São Paulo, para construção da usina de reciclagem de cacos cerâmicos no Campinal, distrito de Presidente Epitácio.
A ideia do projeto é coletar todo caco cerâmico descartado pelas indústrias cerâmicas do Oeste Paulista e direcionar a esta usina, que fará toda a moagem dos cacos reaproveitando o pó na argila usada na fabricação de blocos, telhas e lajotas, fazendo reduzir consideravelmente os níveis de perda no processo de produção destinando corretamente os resíduos sólidos.
A possibilidade do reaproveitamento do caco pela indústria cerâmica foi tema de estudo elaborado pelo pesquisador Marsis Cabral Júnior, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
Para que todo esse projeto funcione dentro do cronograma estabelecido pelos diretores da Incoesp, a cooperativa contratou a Cefral empresa de consultoria econômica de Piracicaba (SP), especializada na captação de linha de financiamentos oferecida pelo governo do Estado que ajudará a custear a aquisição de maquinários e montagem de toda a infra-estrutura da usina.
Paralelo ao pedido de financiamento enviado a Agência de Desenvolvimento Paulista, a consultoria deverá encaminhar nas próximas semanas o projeto da usina ao Programa de Controle de Poluição (Procop) destinado a financiar e fornecer apoio técnico aos projetos de controle, preservação e melhoria das condições ambientais no Estado de São Paulo.
A previsão para iniciar a implantação da usina é no início de outubro e término no primeiro trimestre de 2016, caso o valor seja liberado até a data.
Para o consultor econômico Paulo Roberto Soares Ribeiro, a usina vai se tornar auto-sustentável e completar o ciclo que seria a coleta dos resíduos sólidos, triagem, separação, classificação, descontaminação, moagem dos produtos derivados desse processamento, comercialização e venda de material para o consumidor final. “Esse ciclo se mostra sob a ótica financeira auto-sustentável”, afirma Ribeiro.