A Vigilância Epidemiológica de Osvaldo Cruz confirmou nesta semana o segundo caso de leishmaniose em humanos na cidade este ano. A vítima é uma criança de dois anos, moradora na Vila Esperança.
De acordo com a enfermeira Tânia Matsura, responsável pela Vigilância Epidemiológica, a criança passou pela pediatria do município, com sintomas da doença. A médica que atendeu a criança encaminhou a menina para a realização dos exames que confirmaram a doença. “Ela já está em casa, em processo de recuperação e será acompanhada por até dois anos pela Vigilância Epidemiológica”, destacou Tânia Matsura ao mencionar que a paciente recebeu cuidados também pela Santa Casa local e está sendo acompanhada pela equipe de pediatria da Secretaria Municipal de Saúde.
Este é o segundo caso em seres humanos este ano na cidade. O outro casos se refere a um idoso de 60 anos de idade, que também foi submetido ao tratamento médico e permanece em acompanhamento pela equipe municipal de Saúde.
LIMPEZA EM TERRENO – A confirmação do segundo caso levou a Secretaria de Saúde, juntamente com a Secretaria de Operações Urbanas, a organizar uma força tarefa para limpezas de quintas na vila Esperança.
Desde a segunda-feira, 27, operários ligados à Secretaria de Operações Urbanas realizam um bota-fora na Vila Esperança no intuito de retirar objetos que possam servir de criadouro para o mosquito palha, que é o responsável pela transmissão da doença.
O mosquito transmissor da leishmaniose se reproduz em material orgânico e este é o alvo da campanha realizada pela Prefeitura.
HISTÓRICO DA DOENÇA – O primeiro caso de leishmaniose em seres humanos em Osvaldo Cruz foi diagnosticado em 2007. Nos anos seguintes foram: 7 casos em 2008, 11 casos em 2009 e mais 11 em 2010.
Em 2010, a Prefeitura fez um inquérito sanitário canino pela cidade e diagnosticou perto de 1,5 mil cães doentes. A maioria foi eutanasiada (sacrificada).
A ação fez com que em 2011 os casos caíssem para 3. Em 2012 houve novo aumento – 6 casos e em 2013 subiu para 7 no total. No ano passado houve redução para 4 casos e em 2015 são 2.
A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea.
ALERTA – O setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde alerta que as pessoas deixem os quintais limpos e sem material orgânico.
O Ministério da Saúde recomenda: a limpeza periódica dos quintais, por meio da retirada da matéria orgânica em decomposição (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo); destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir o desenvolvimento do mosquito; a limpeza dos abrigos de animais domésticos; bem como a manutenção de animais domésticos distantes do domicílio, especialmente durante a noite, de modo a reduzir a atração dos insetos; meio do uso de inseticida (aplicado nas paredes de domicílios e abrigos de animais).
O Ministério ressalta ainda que essa medida é direcionada apenas para o inseto adulto, daí a importância de desenvolver ações de manejo ambiental de forma a destruir os locais de desenvolvimento das formas imaturas do vetor (ovos, larvas e pupa).