A assessoria de imprensa da Prefeitura de Adamantina divulgou na tarde de quarta-feira, 16, uma carta aberta à população assinada pelo prefeito Ivo Santos, em que é justificado o envio do projeto de lei que resultaria na destinação de área para a Fatec (Faculdade de Tecnologia).
Após sessão na Câmara Municipal, marcada por discussões e até mesmo manifestação da população, a Câmara rejeitou a proposta de permutar o Matadouro Municipal por um terreno no prolongamento da avenida Rio Branco, destinado a Fatec.
Segundo a carta, a administração “sente muito, mas continuará buscando alternativa viável a empreendimentos tão importantes para toda a nossa municipalidade”, esclarece.
“É necessário afirmar de forma categórica e definitiva que a busca de solução para a instalação da Fatec em nosso município não se baseia em motivos político-partidários e nem a tentativa de criar uma situação em que a autonomia dos poderes instituídos seja atingida de forma a criar impasses ou controvérsias desnecessárias”, inicia a carta.
O texto narra ainda o planejamento urbano e chega citar o histórico de crescimento do município a partir da implantação de empreendimentos em diferentes partes da cidade, o que teria proporcionado o desenvolvimento de várias localidades e a atual formação de Adamantina.
“Assim, o espaço urbano da Vila Brasil encontra-se esgotado com uma concentração populacional densa, enquanto que o setor norte (final da avenida Rio Branco) passa agora por uma revitalização tendo em vista seu espaço não ocupado, ainda, o que nos motiva a ordenar a distribuição espacial do nosso território urbano corrigindo as distorções históricas de nosso crescimento evitando efeitos negativos sobre a qualidade de vida de nossos munícipes”, pondera.
A formulação de políticas territoriais, segundo a carta, tem como motivação principal tentar resolver o desenvolvimento desigual, tendo em vista as disparidades geradas pelo desenvolvimento não sedimentado por todas as regiões da cidade.
“Não podemos acreditar que a criação de uma instituição de ensino estadual de nível superior em nosso município (Fatec) será de apenas dois cursos, até porque já existe outro aprovado e outros que poderão ser requeridos, sem a intenção de que ela venha no futuro a crescer e trazer conhecimentos em outras áreas necessárias ao desenvolvimento regional. Assim, prevendo a atuação de futuros gestores municipais na busca de novos cursos e crescimento da Instituição, não podemos em desacordo com o progresso imaginado da cidade, ilhar sua possibilidade de expansão em um território cuja dimensão não possibilitará que tal venha a acontecer, apenas porque essa decisão foi tomada inicialmente. A busca de uma nova área urbano-periférica para sedimentar esta possibilidade justifica esta tentativa de expansão urbana que hoje se verifica, agregando novos valores e possibilidades de crescimento mais rápido e ordenado”, afirma.
Os investimentos necessários à instalação de novo polo educacional no município, ainda segundo a carta, estão alocados em orçamento pelo Governo do Estado para adequação e realização do empreendimento.
“Posto que a área para instituição da Fatec viria para o patrimônio do município a custo zero, ainda mais teríamos também solucionado o problema do Matadouro Municipal, sem investimento de dinheiro público, com a consequente geração de, no mínimo, 40 novos empregos, contudo, o intento não foi alcançado em virtude da não aprovação do referido pelos nobres vereadores desta urbe”, finaliza o texto.