O tupiense Renan Flumian acaba de lançar um livro com o título que aguça a curiosidade dos leitores, “Dr. Corrupção”. Filho do professor Fernando Caetano de Carvalho e da dentista Silze Flumian de Carvalho, família tradicional em Tupi Paulista, ele já vem arrancando elogios pela obra.
Logo na capa, o leitor já se depara com uma faixa amarela com os seguintes dizeres: “você vai descobrir que a Lava Jato é só a ponta do iceberg”. Apenas isso já justificaria o interesse de qualquer brasileiro, já que é o tema do momento e, acima de tudo, chegou a hora de o país se rever. Porém “Dr. Corrupção” é mais que isso: de forma inovadora, coloca a República no divã para que todos conheçam o que apenas uma minoria conhece e tira proveito em prejuízo de todo o restante da população.
Estreantes na literatura, os autores Renan Flumian, roteirista de cinema e mestre em Filosofia do Direito pela Universidade de Alicante, na Espanha, e Wander Garcia, procurador do município de São Paulo, doutor e mestre em Direito pela PUC/SP, trabalham com diferentes tipos de linguagem para narrar uma história surpreendente. O texto joga constantemente entre a linha do real e do fictício, sem permitir que o leitor saiba ao certo se os acontecimentos são obra de um relato sobre algo verídico ou apenas uma história saída da cabeça dos escritores.
O livro traz um curso – até então secreto (real ou imaginário?) – que ensina como ser eleito, manter-se no poder e ganhar muito dinheiro com a política. E esse curso, ministrado pelo maior especialista em técnicas de corrupção, o Dr. Corrupção, foi integralmente transcrito pelos autores para preservar o estilo oral da linguagem e, assim, deixar o leitor ainda mais imerso na narrativa. A segunda parte da obra conta a tentativa de encontro dos escritores, também personagens, com o próprio Dr. Corrupção, em uma saga que transcende as fronteiras brasileiras.
“O objetivo do livro é fazer com que o leitor embarque numa história inimaginável e empolgante, em que terá contato detalhado com as mais diversas formas de corrupção praticadas cotidianamente no Brasil. E esse contato se dará por meio de um curso específico que ensina os políticos a fazer mau uso do dinheiro público. A história ainda ganha contornos inesperados com o embarque dos próprios autores-personagens numa viagem internacional para tentar encontrar o Dr. Corrupção. Sem dúvida, saber se tudo isso é real ou não é um dos grandes atrativos do livro”, comenta Renan.
Wander acrescenta que, num primeiro momento, os leitores podem até pensar que se trata de um tutorial sobre como cometer atos de corrupção no Brasil, mas reforça que os grandes objetivos do livro são mostrar tudo o que um político corrupto faz e, indiretamente, apontar caminhos de como acabar ou diminuir expressivamente a corrupção. “Todo mundo sabe que o nosso país está repleto de administradores corruptos, que atuam em Brasília, nas principais capitais e até mesmo nas menores cidades, onde o controle é quase inexistente. É exatamente isso que essa obra vai mostrar, pois, com a sua leitura, ficará demonstrado como é fácil se envolver em esquemas de corrupção nos mais diversos níveis. Trata-se de um livro-denúncia”, complementa.
Sem qualquer antecipação de mérito que possa prejudicar as descobertas que os leitores vão fazer aos poucos, há de se reconhecer a coragem que Renan e Wander tiveram para abordar um tema tão caro aos brasileiros de forma escancarada e sem rodeios. “Dr. Corrupção” foi lançado oficialmente no dia 4 de setembro, na Bienal Internacional do Livro do Rio, e está disponível nas principais livrarias do país por R$ 29,90. (Com informações da Ass. de Imprensa do Grupo Image)