Os funcionários da Prefeitura de Tupi Paulista estão trabalhando descontentes nas últimas semanas. O motivo é um só, o atraso do salário.
Com mais de 550 funcionários públicos, a folha de pagamento da Prefeitura ultrapassa R$ 1.136.000,00.
A crise financeira está tão crítica na cidade que o próprio prefeito, Osvaldo Benetti, já havia informado anteriormente ao Jornal Regional que tem sido difícil manter as contas dos servidores em dia, inclusive a de fornecedores e prestadores de serviços. Para isso, foram tomadas dezenas de medidas de contenção de despesas pela administração municipal.
O comércio tupiense já começa a sentir o reflexo da crise que atinge a Prefeitura. Com o atraso no pagamento, em consequência, os servidores acabarão atrasando os pagamentos das dívidas em lojas, farmácias, supermercados e outros estabelecimentos.
A reportagem obteve informação extraoficial de um comerciante, responsável por fornecer produtos para a Prefeitura, que garantiu que pretende suspender o repasse das mercadorias, caso a dívida com a empresa dele não seja liquidada até outubro.
O comerciante afirmou ainda que a conta já dura aproximadamente dois meses, mas tem esperanças que no próximo mês tudo seja resolvido. “O Departamento de Compras da Prefeitura se comprometeu a fazer uma reunião com os comerciantes que estão em dívida para dar um prazo ou dividir o valor do débito”, disse.
Em uma época em que os trabalhadores esperam um alívio nas contas com a chegada do 13° salário, o prefeito Benetti afirmou em entrevista anterior que não há expectativa ainda de quando os funcionários receberão o benefício, tornando a situação ainda mais difícil.
Segundo informações, 156 funcionários da saúde e serviços gerais estão com os salários de setembro atrasados.
Desde a semana passada, a reportagem vem fazendo contato com o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Nelson de Oliveira, porém ele vem se esquivando em fornecer detalhes mais concretos sobre o assunto.
A reportagem também tentou contato telefônico na tarde de ontem, 23, com o secretário municipal de Finanças, Osvaldo Cardoso, porém não conseguiu localizá-lo.
