Imagine dar de cara com um jacaré em plena via pública ou então no quintal de casa. Pode ser desesperador para alguns, porém foi o que aconteceu em Junqueirópolis algumas vezes durante este ano. Nas ocorrências foram encontrados animais como jacarés, cobras, porcos espinhos, e outros mais comuns como os gambas e teiús. Felizmente não houve nenhum registro de moradores feridos. Os animais foram capturados pela equipe dos socorristas, da base comunitária dos bombeiros, que há na cidade, fazendo a captura de maneira correta e depois encaminhando os animais aos seus habitats.
À meia-noite de quinta-feira, 26, mais uma vez, os bombeiros foram acionados para capturar um jacaré e pasme, o animal seguia atravessando a rua e provavelmente se depararia com a fonte do Cristo, instalada na entrada da cidade, aproveitando para se refrescar.
Segundo o sargento Bites, da base comunitária, tratava-se de um jacaré ainda filhote, mas observando a foto a imagem causa espanto. Bites disse que o animal apresentava ter por volta de um metro de cumprimento e estava muito agressivo. Certamente procurava água e alimento.
O sargento relatou que em casos de aparecimento de animais como jacarés, cobras, ou outro selvagem, a população deve discar 190 (Polícia Militar) ou 192 (Pronto Socorro), esses números apenas em Junqueirópolis, porque ainda não há por lá o serviço do 193, como ocorre nas demais cidades.
Conforme Bites, nunca se deve tentar capturá-los, porque no caso de um jacaré, por exemplo, um ataque a uma criança ou até mesmo a um adulto pode-se levar até a morte.
Num rápido balanço apresentado pelo bombeiro, ele informou que apenas neste ano, foram encontrados no município de Junqueirópolis, cinco jacarés; três ouriços (porcos espinhos); também cobras, entre elas, cipó, cobra d´água (não venenosas) e um jararaca (venenosa).
O sargento Bites lembrou que todos foram encontrados na área urbana e em alguns casos, o ambiente era propicio, por às vezes ter sido capturados também em chácaras, que atualmente já estão na área urbana, devido o crescimento da cidade, e ainda em razão dos desmatamentos. “Também acreditamos que no caso, por exemplo, dos jacarés, talvez no passado não tão distante, alguém possa ter dispensado um casal e com medo de represálias, os largou em algum ponto de córrego, havendo a reprodução. Outro aspecto ainda é o armazenamento de lixo de maneira inadequada na cidade atraindo animais”, explicou o sargento Bites.
O jacaré capturado na sexta-feira foi encaminhado pela Polícia Militar Ambiental em área de mata alta do Rio Feio, na região ontem, 27, segundo Bites.