A Santa Casa de Tupi Paulista esteve por pouco a ponto de não ter mais atendimentos médicos, devido à falta de pagamento dos profissionais, em atraso há dois meses. No entanto, na última segunda-feira, 21, a direção do hospital convocou uma reunião com representantes da Secretaria Municipal de Saúde e da contabilidade da Prefeitura para verificar o que poderia ser feito, tendo em vista que se não houvesse o pagamento os médicos pretendiam parar o atendimento a partir deste domingo, 27.
Segundo informações do médico cirurgião geral Cássio E. P. Silva, na quarta-feira, 23, à tarde, houve acordo entre as partes e o pagamento atrasado foi quitado praticamente tudo. “A direção se comprometeu a pagar o restante no início do mês de janeiro”, disse o médico.
Cássio salientou ainda que é evidente que a Santa Casa de Tupi Paulista necessita de investimentos maiores, em relação aos equipamentos existentes, no entanto, vem sendo possível dar continuidade nos atendimentos aos pacientes.
ENTENDA – No dia 26 de novembro, os médicos que compõem o corpo clínico da Santa Casa entregaram uma carta assinada por todos os demais profissionais informando o prazo de 30 dias para se demitirem do corpo clínico, caso uma solicitação não fosse atendida. O que motivou tudo isso foram os atrasos no pagamento dos plantões desde antes do meio do ano.
A carta foi entregue à provedora da Santa Casa de Tupi Paulista, Zoraide Gentil Galvão e cópias foram entregues aos secretários municipais de Saúde de município vizinhos e ainda ao promotor de justiça, Marcelo Creste. A Santa Casa tupiense atende além do município de Tupi Paulista, os moradores das cidades de Monte Castelo, São João Pau D’ Alho, Nova Guataporanga e Santa Mercedes, cujas prefeituras são responsáveis por parte do custeio.
A solicitação era de que fossem pagos os valores atrasados e que seja fixada uma data para pagamento mensalmente sem atraso.
Caso até este sábado, 26, a solicitação não fosse atendida, a partir de domingo, 27, o PAMM de Tupi Paulista não contaria com médicos clínicos, pediatras, ginecologistas-obstetras, cirurgião geral e cardiologista à disposição para internar pacientes, porque todos iriam se demitir do corpo clínico assim como já fizeram os anestesistas.