Cerca de 100 trabalhadores rurais da Usina Companhia Flórida invadiram a empresa na manhã de ontem, 11, para reivindicar salários atrasados e uma série de direitos trabalhistas.
Os funcionários permaneceram dentro da empresa por cerca de seis horas, até a emissão de uma reintegração de posse por parte da justiça, por volta de 15h, o que permitiu que a Polícia Militar interviesse para liberar a área.
Cerca de nove viaturas foram até o local para conter o grupo, que estaria causando transtornos no interior da empresa. No início das manifestações o grupo soltou bombas e quebrou o vidro de duas janelas. Ninguém foi detido, segundo a PM.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Roseli Carlos de Melo Esposo, parte dos funcionários estão sem receber desde dezembro e outra parte está há dois meses sem salário. A segunda parcela do 13º também não foi paga e conforme o Sindicato, os trabalhadores foram dispensados sem que a usina pagasse seus direitos e agora a empresa estaria contratando novos funcionários. “A revolta deles é essa. Além de não pagar os funcionários, ainda contratam novas pessoas”, disse.
Segundo Roseli, a usina não abriu diálogo nem mesmo com o Sindicato. Na tarde de ontem ela procurou o Ministério do Trabalho e o Ministério Público para tomar as medidas cabíveis.
“Os funcionários querem respostas, mas a usina não tem dado nenhuma”, explicou.
A Usina Companhia Flórida ficou um ano sem funcionar e deu início a safra de 2015 em setembro.
A reportagem do Jornal Regional procurou a empresa para saber seu posicionamento, mas não obtivemos êxito.