A falta de água em algumas casas do reassentamento Fazenda Buritis incluindo a casa do pedreiro Irani Amaro da Silva, 55, tem sido constante no decorrer de pelo menos seis anos, sem nenhuma solução definitiva da Prefeitura de Paulicéia. O que deu a ele coragem suficiente para procurar a Delegacia de Polícia para denunciar o caso à autoridade policial na manhã de segunda-feira, 25.
Silva estava acompanhado da esposa Francinete Laudelima na Polícia Civil e afirmou que há 15 dias a água do poço de propriedade do município canalizado para sua casa e de mais outras quatro famílias tem sido constante a falta de água na torneira. Problema enfrentado pela comunidade há seis anos, segundo relato do morador.
Às vezes quando retorna o abastecimento, o casal reclama que precisa usar balde para buscar água na torneira do quintal ligada à tubulação do poço para tomar banho e fazer a limpeza da casa. “A cada 10 a 15 minutos consigo encher 15 litros de água para usar nos afazeres de casa. Tenho duas caixas d´água e elas estão todas secas”, disse o morador que, segundo ele, paga todo mês a conta de água no valor de R$ 32,50.
Sem lavar roupa há quase uma semana, a esposa Francinete tem se deslocado 23 km entre o reassentamento e a cidade para usar a água da casa de parentes.
OUTRO LADO – Segundo o diretor do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DAE), Ronald Nunes da Silva, a caixa d´água no reassentamento não apresenta nenhum problema.
Sobre a reclamação do morador, ele disse que enviou no último sábado, 23, uma equipe para checar uma reclamação anterior feita por ele e constatou-se que a água no cavalete dele chega perfeitamente.
“Nossa equipe tem autorização de ir [constar o problema] até o cavalete. Do cavalete pra dentro é problema dele”, afirmou.
De acordo com Ronald, o morador recebeu a orientação para que colocasse uma mangueira por cima [da terra] levando até a caixa d´água dele. “Se chegar água na caixa através da mangueira é sinal que a tubulação dele está interrompida”, recomendou.