Policiais civis de Presidente Venceslau prenderam na tarde dessa terça-feira, 2, um homem de 41 anos acusado de extorquir pelo menos 30 prefeituras do interior paulista passando-se falsamente por conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE). O golpista foi detido dentro de um restaurante localizado na Rodovia Castelo Branco (SP-280), na cidade de Pardinho (SP). O envolvimento da Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Presidente Venceslau no caso se deu porque a Prefeitura da cidade foi um dos alvos da extorsão.
A Polícia Civil informou que o membro da associação criminosa se identificava como conselheiro corregedor e um dos sete conselheiros do TCE e solicitava dos prefeitos contribuições para a edição de uma revista do órgão. O homem ameaçava os que negavam com a afirmação de que “analisava processos envolvendo” os prefeitos. O contato prévio era realizado por supostos assessores, que, durante as negociações, simulavam ligações ao conselheiro.
O grupo ainda é composto por outros quatro homens e uma mulher, que estão foragidos.
Durante as investigações, o TCE emitiu nota informando que um grupo atua desde 2002 e esclareceu que, em tempo algum, autorizou qualquer pessoa a solicitar patrocínio, isso porque a revista do órgão é distribuída gratuitamente desde o ano de 1957 e sempre teve as despesas decorrentes suportadas pelo orçamento da corte.
O acusado foi detido por policiais civis de Presidente Venceslau dentro de um restaurante na Rodovia Castelo Branco, no município de Pardinho (SP), quando recebia a quantia em dinheiro de aproximadamente R$ 13 mil de prefeituras, segundo a Polícia Civil. Ele foi autuado em flagrante delito na cidade de Presidente Venceslau e encaminhado em seguida ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá.
Segundo a Polícia Civil, ele já havia sido preso em 2015, na cidade de São Joaquim da Barra (SP), ao tentar extorquir um comerciante e acusado em maio do mesmo ano de praticar extorsão, com ameaças de fechamento do Hospital Samaritano de Campinas (SP), caso a direção do estabelecimento não entregasse vantagens indevidas a um falso “procurador federal”. A associação criminosa ainda praticou crimes em detrimento da Associação Nacional de Procuradores e de Tribunais Superiores.
O homem preso responderá pelos crimes de extorsão, tráfico de influência, associação criminosa e falsa identidade e, se condenado pela Justiça, poderá pegar mais de 27 anos de prisão.