Prefeitos de Osvaldo Cruz, Adamantina e Dracena e a diretoria da Amnap (Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista) discutiram na tarde de quinta-feira, 21, a situação dos prédios inacabados das UPAs (Unidade de Pronto Atendimento).
De acordo com o presidente da Amnap (Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista), Samir Alberto Pernomian, a reunião foi marcada após o Ministério da Saúde solicitar aos municípios alternativas para viabilizar o atendimento à população.
Na audiência com o ministro Ricardo Barros, em junho, ficou definido que cada cidade apresentará uma justificativa sobre as dificuldades financeiras para custear a UPA e as cidades terão que demostrar ainda que existe outro estabelecimento de saúde que presta o mesmo tipo de atendimento no município, que no caso são os prontos socorros e uma proposta para utilização dos prédios, que pode ser um posto de saúde ou unidade de especialidades, por exemplo.
UNIDADE DE SAÚDE DA MULHER – O prefeito Edmar Mazucato (PSDB) disse que a cidade já dispõe de um pronto socorro na Santa Casa e que ter um segundo estabelecimento com a mesma finalidade seria a pior alternativa. “Além disso, seriam dois custos para um mesmo tipo de atendimento à população”, afirmou Mazucato, após a reunião.
Osvaldo Cruz deve apresentar sugestão ao Ministério da Saúde para transformar o prédio em uma Unidade Especializada em Saúde da Mulher. “No local vamos centralizar todos os serviços de atendimento voltados à mulher e isto inclui a especialidade de ginecologia. Como o prédio é grande também poderemos abrigar o Centro de Especialidades Odontológicas e ampliar os serviços de pediatria para que as mães já façam atendimentos dos filhos num mesmo lugar”, completou Mazucato.
SITUAÇÃO DAS UPAS – Na região, apenas Tupã está com a unidade em funcionamento, mas com dificuldades. Com despesa mensal de R$ 650 mil, a UPA de Tupã recebe apenas R$ 100 mil do Governo Federal, valor não reajustado desde 2012, apesar do crescimento da inflação e do aumento das despesas fixas, como salários e medicamentos. Adamantina é outro município que não tem recursos suficientes para custear a manutenção e equipe mínima exigida para funcionamento da unidade. A UPA tem previsão de custo de R$ 400 mil ao mês ao município, sendo que a União só repassará R$ 100 mil para custeio seis meses depois do início dos atendimentos.
Com condição similar, Dracena e Osvaldo Cruz também buscam alternativas para viabilizar o atendimento a população. No caso de Osvaldo Cruz, a prefeitura quer a implantação da Unidade Especializada em Saúde da Mulher.