A Polícia Civil (PC) e a Polícia Militar (PM) deverão apurar, por meios de inquéritos nas duas instituições, a confusão gerada a partir de uma briga entre torcedores nas comemorações do Campeonato Brasileiro, em Adamantina.
Na Polícia Civil, o inquérito policial foi aberto na quarta-feira, 30, e tramita junto ao Núcleo Especial Criminal (Necrim), presidido pela delegada Laiza Fernanda Rigatto Andrade. As informações que subsidiam a instauração do inquérito estão no boletim de ocorrência (BO), realizado na noite da confusão (27/11).
Segundo a delegada, trata-se de uma apuração complexa, pelas circunstâncias do ocorrido, bem como pelo número de pessoas envolvidas. De acordo com o BO há cinco vítimas, que formalmente apresentaram relatos de terem sido agredidas, e outras quatro pessoas relacionadas como vítimas e agressores, por terem se ferido e também praticado agressões. Entre os nove citados no BO, quatro são policiais militares.
Com a instauração, a PC vai intimar todas as partes envolvidas na ocorrência, e mencionadas no BO, para colher os depoimentos. Outras pessoas eventualmente também poderão ser intimadas a depor.
O inquérito da Polícia Civil tem 30 dias para ser concluído, mas na impossibilidade de finalizar a investigação dentro desse período, a delegada poderá requisitar um prazo ampliado, junto ao Poder Judiciário.
Finalizado o inquérito, o mesmo será submetido à apreciação do Ministério Público e do Poder Judiciário, que definirão as penalidades, dentro da responsabilidade de cada um dos envolvidos.
Sobre a investigação, a delegada destacou que os fatos serão apurados como um todo, inclusive a conduta da PM, que poderá, eventualmente, ter outros desdobramentos, junto à própria corporação, sua Corregedoria, Ministério Público Militar e Tribunal de Justiça Militar. Já os torcedores poderão ser responsabilizados, também, se for comprovada responsabilidade dos mesmos nas agressões.