A Polícia Civil de Osvaldo Cruz prendeu na manhã de ontem, 2, um professor de educação física que trabalhou na escola estadual Dom Bosco. Há pouco mais de dois anos o ex-professor, que teria chegado a ser exonerado do cargo em que era concursado junto à Secretaria de Estado da Educação, foi preso no Conjunto Esportivo Jubileu de Ouro porque ele mantinha em sua casa fotos de uma adolescente de 15 anos de idade. O ex-professor, que depois se transformou em fotógrafo, teria registrado imagens da garota num computador de sua propriedade. A adolescente, segundo as primeiras informações, não era aluna do professor de educação física.
Nessas fotos a adolescente estaria nua e em cenas de conteúdo pornográfico. Na época da apreensão do computador a Polícia foi até a casa do ex-professor em Osvaldo Cruz e constatou que no computador apreendido em um dos quartos da residência havia fotos e filmes. Nas fotos existiriam várias pessoas. Inicialmente apenas a menina que fez a denúncia foi identificada. As demais pessoas envolvidas não. Em razão disso o material (computador com conteúdo) foi levado ao Instituto de Criminalística para perícia.
Como teria sido o contato da adolescente com o suspeito?
De acordo com a delegada Laysa Andrade, que na época comandou as investigações, o suspeito e a adolescente se conheceram fora da escola Dom Bosco onde o condenado trabalhava à época dos fatos. “Ela não era aluna dele e não tinha um relacionamento com ele. Ela foi aliciada por ele e acabou sendo fotografada. E a partir de algumas fotos, para conseguir novas imagens, ele começou ameaçá-la de divulgar as fotos na internet. Ela se sentindo ameaçada, constrangida, acabou cedendo e fez novas fotos. E isso virou uma bola de neve”, explicou a delegada, ao mencionar que o contato das partes se deu por alguns meses até por volta de meados deste ano.
A Polícia Civil prosseguiu com as investigações, o processo crime tramitou pela Comarca de Osvaldo Cruz e ao final o ex-professor foi condenado a 3 anos de reclusão, tendo sido preso nesta terça-feira durante operação de cumprimento de mandados pela cidade.
Como era primário e não tinha passagens pela Polícia, o cidadão respondeu ao processo em liberdade, até terça-feira (31). Ele aguarda em Adamantina vaga no sistema carcerário paulista para ser enviado a um presídio, onde deverá cumprir a pena.