Nesta sexta-feira (1º), o referenciamento no Pronto-socorro do Hospital Regional (HR), em Presidente Prudente, completa um ano. Segundo a unidade de saúde, com o novo sistema de atendimento, os casos vermelhos, de alta complexidade, considerados graves, registraram um aumento de 169% no primeiro semestre deste ano, se comparado com o mesmo período de 2016.

Antes do novo sistema, de janeiro a junho de 2016, o HR atendeu 1.215 pacientes graves, classificados na cor vermelha. Neste ano, no mesmo período foram acolhidos na unidade 3.278 pacientes, ou seja, 2.063 a mais com o referenciamento, conforme informações do hospital.

Em termos quantitativos, 20 mil atendimentos eram realizados no HR antes do referenciamento. Após este processo, a unidade passou a acolher cerca de oito mil pacientes por mês. Desta maneira, o Pronto-socorro do Hospital Regional atinge seu objetivo, no que diz respeito ao seu papel de referência para média e alta complexidades, segundo a instituição.

De acordo com o diretor administrativo do HR, Frei Jacó Silva, cerca de 70% de todos os atendimentos no Pronto-socorro eram destinados para os casos de baixa complexidade, classificados com a cor verde, que poderiam ser acolhidos em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Estratégias de Saúde da Família (ESFs), Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e unidades 24 horas de seus respectivos municípios.

Com essa regulação, foi possível destinar a estrutura do HR para sua vocação e, de forma administrativa, realocar recursos para melhorar o atendimento ao paciente e avançar em novos projetos para unidade, explicou Silva.

Ainda segundo Frei Jacó, os 70% dos casos de baixa complexidade correspondiam a 466 pacientes atendidos diariamente. Atualmente, no entanto, a emergência da unidade acolhe 75 pacientes.

 

Benefícios

 

Entre os benefícios conquistados após o novo processo de atendimento, o coordenador do Pronto-socorro do HR, o médico Igor Costa Almeida, analisa que, além do acréscimo assistencial, o Hospital Regional conquistou maior espaço físico, melhor utilização de equipamentos e, consequentemente, maior cobertura clínica aos pacientes que necessitam de cuidados especiais.

 

“Aquele paciente que antes não chegava, seja por falta de vaga ou tempo de espera, atualmente tem todo apoio e abrangência clínica”, afirmou Almeida.

Com a implantação da Central de Regulação no próprio HR, os 45 municípios da região que são abrangência da unidade possuem acesso direto com a instituição de saúde e com o médico regulador para discutir o caso de cada paciente. Antes, porém, este contato era realizado por meio do Estado.

“Facilitou-se a entrada e otimizou-se os procedimentos de acordo com o perfil de cada paciente”, frisou o coordenador.

 

Como funciona

 

De acordo com o HR, quando um paciente se sentir mal, por exemplo, com uma gripe ou um resfriado, ele deve ir até uma UBS ou uma ESF. Em casos, mais crônicos, como dores agudas ou crônicas, o paciente será atendido em um Pronto-Atendimento. Os casos de urgências e emergências serão encaminhados ao Hospital Regional apenas pelas unidades de saúde, pelo Corpo de Bombeiros, pelo serviço 192 ou pelas unidades de Resgate.