Três moradores de Dracena e clientes de uma agência bancária da cidade procuraram a Polícia Civil, para registrar queixas, em que teriam sido vítimas dos clonadores de cartões bancários. Em nome de uma das vítimas os estelionatários fizeram uma compra no valor de R$ 1.000, em São Paulo. Ao ficar sabendo, a pessoa que alegou não ter feito tal compra cancelou o cartão e mesmo após o fato teve um saque efetuado no valor de R$ 600.

No segundo caso o cliente do banco de Dracena descobriu que tinham feito em nome dele um saque de R$ 500, em um caixa eletrônico, 24 horas, em lugar incerto e não sabido.

A terceira vítima em menos de uma semana contou na polícia que foi avisada pela funcionária do banco que tinha sido realizado gasto no cartão de crédito dela de R$ 700, um saque no caixa eletrônico auto-atendimento no valor de R$ 600 e um débito referente a licenciamento eletrônico de R$ 344,16. O funcionário do banco disse a esta vítima que as operações seriam canceladas e estornaria o dinheiro para a conta.

Os Boletins de Ocorrências foram registrados e a Polícia Civil através da DIG desenvolverá a difícil investigação nos casos para um possível esclarecimento da autoria.

O delegado André Luís Luengo, da DIG, disse ontem à tarde, que no último final de semana também houve casos de clonagem em Junqueirópolis e no banco com o mesmo nome onde ocorreram os fatos em Dracena.

Luengo acredita que estes tipos de estelionatários agem normalmente perto de feriados prolongados já que é o período em que as pessoas usam o caixa eletrônico 24 horas. Para o delegado, trata-se de quadrilhas especializadas que agem com conhecimento do que estão fazendo e com a participação de várias pessoas. “Eles aplicam esse golpe em três ou quatro cidades da região de uma só vez. É uma investigação difícil, pois os autores não deixam pistas”, ressaltou o delegado.

André Luís Luengo afirmou ainda que a Polícia Civil tem orientado as vítimas em registrar o Boletim de Ocorrência, elas recebem uma cópia e devem entrar em contato com o banco que também realiza uma checagem interna para apuração do ocorrido.

REGIÃO – A Delegacia de Polícia de Junqueirópolis instaurou inquérito para apurar a autoria de diversos crimes de estelionatos. No último sábado, foi apreendido notebook que estava acoplado internamente num dos caixas eletrônicos em uma agência bancária da cidade. Um cliente foi quem notou que a tela do terminal estava diferente e comunicou um funcionário do banco.

O delegado Victor Biroli salientou que o aparelho instalado, conhecido como “chupa cabra”, capta as senhas dos clientes que fazem o uso do terminal e depois falsificam cartões, ou por outro tipo de fraude, e efetuam compras em estabelecimentos comerciais, com a modalidade de débito imediato na conta do cliente. Apesar da retirada do aparelho, alguns clientes ainda foram vítimas, mas a instituição financeira iria lhes restituir os valores que indevidamente foram debitados em suas contas. Caso semelhante também ocorreu com outra agência, onde um número maior de clientes foram vítimas. Nos casos citados ocorreram compras em estabelecimentos das cidades de Campinas e Sumaré. O delegado enfatizou que uma maneira eficaz de inibir estas situações é com a instalação de câmeras filmadoras, onde estão dispostos os terminais eletrônicos ou ter vigilantes especialmente nos finais de semana. A investigação buscando o esclarecimento da autoria já esta em curso e nestes casos a cooperação dos bancos é imprescindível.