A Polícia Civil através do 2º Distrito Policial concluiu neste mês inquérito que apurou o fato ocorrido no final do mês de janeiro em Dracena, quando um homem negro de 29 anos, residente em Tupi Paulista teria sido injuriado por uma pessoa com os dizeres “tem que ser preto mesmo”. Consta que tudo aconteceu no momento que a vítima parou o carro em frente a uma garagem e a pessoa acusada dessa infração penal chegou com um carro e pediu que o mesmo saísse.

A vítima pediu que a aguardasse por um instante e a autoria do delito irritada proferiu as palavras consideradas como injúria racial. A vítima disse que se sentiu discriminada e, por isso, resolveu registrar a queixa na polícia.

Testemunhas, autoria e vítima foram ouvidas durante a fase de investigação durante o inquérito policial. A pessoa acusada foi ouvida e negou a prática do delito.

O delegado Antonio Simonato, titular do 2º DP disse que após ouvir as partes envolvidas no caso decidiu indiciar na fase policial a pessoa acusada por crime de injúria racial. O delegado disse que em razão de fortes indícios existentes nos autos deliberou pelo indiciamento da autoria por infração ao artigo 140 parágrafo III do Código Penal, pelo crime chamado de injúria racial e não racismo. De acordo com Simonato, em caso de condenação a pena pela prática deste crime é de 1 a 3 anos de reclusão. Ele disse ainda que o inquérito foi relatado à Justiça que vai decidir se a pessoa acusada responderá ou não por um eventual processo.