No sábado (19) à tarde, o adolescente L.A.S., de 15 anos, matou a tiros o servente de pedreiro Claudemir Mello das Chagas, de 28 anos, vulgo Máfia, primo dele. O crime aconteceu em frente a uma residência na rua Leordino da Silva Costa, no Jardim Santa Clara.

 

A Polícia Militar informou que a vítima foi alvejada com dois tiros, estava caída no chão, ainda com vida, mas sangrava muito. Claudemir foi socorrido pelo Resgate do Corpo de Bombeiros ao PAM, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Policiais militares ficaram sabendo em diligências que o adolescente estava escondido em uma chácara localizada na rua Irradiação. O menor foi entregue pela própria mãe a polícia, sendo detido e disse aos policiais que havia dispensado a arma usada para matar o primo em um poço existente nos fundos da propriedade em que estava e, por isso, bombeiros foram acionados para fazer a varredura no local, mas a arma não foi localizada.

Depois o adolescente em conversa com a mãe contou que a arma estava escondida na residência do irmão na rua Marechal Deodoro da Fonseca. O revólver Taurus, calibre 38, de quatro polegadas com seis cartuchos deflagrados foi encontrado no forro da casa.

No Plantão Central, o adolescente foi autuado em flagrante, por acusação de ato infracional por homicídio simples e permaneceu apreendido na cadeia pública de Dracena destinada para recolher menores infratores e envolvidos em crimes da área cível.

PROMOTORIA – No domingo (20) de manhã, o adolescente A.L.S. foi ouvido no Fórum de Dracena, pelo promotor de justiça Antonio Simini Júnior. Segundo o promotor, o adolescente disse que cometeu o ato por estar há cerca de dois anos sendo ameaçado de morte pelo primo, que inclusive teria dito que jogaria uma granada na casa dele.

A.L.S. disse ao promotor que não aguentava mais as ameaças. Que havia comprado a arma e no sábado ficou esperando Claudemir e ao encontrá-lo deu o primeiro tiro na perna dele, com isso, eles entraram em luta corporal e a arma caiu. O adolescente disse ao promotor que conseguiu pegar a arma e então descarregou a contra o primo.

O promotor Antonio Simini ressaltou a reportagem que o adolescente deve ser ouvido pelo juiz da Vara da Infância e da Juventude e ficará apreendido provisoriamente por 45 dias em uma unidade da Fundação Casa (antiga Febem).
Segundo o promotor, se dentro desse prazo o menor não for julgado ele deve ser liberado, mas acredita que neste período o caso seja analisado.

Simini disse ainda que A.L.S. sendo julgado deve ficar internado na Fundação Casa até completar 21 anos de idade com reavaliação a cada seis meses. “Se daqui a seis meses entenderem que ele possa voltar ao convívio social poderá ser liberado”, concluiu o promotor.