A morte de um homem de 68 anos, na segunda-feira, 8, à tarde, quando ele aguardava atendimento no PAM pela segunda vez, pela manhã já havia sido atendido e medicado, deixou os familiares revoltados. Integrantes da família acabaram pegando o prontuário do paciente sem a devida autorização do consultório médico do setor de saúde pública de Dracena.
De acordo com o boletim de ocorrência que foi registrado, o homem deu entrada no PAM às 10 horas sentindo dores no peito, foi medicado pelo plantonista e liberado. Por volta de 16h30 retornou ao PAM reclamando de dores no estômago e com a pressão estabilizada.
Ele passou por exames e foi medicado e ficou aguardando resultados do procedimento médico.
Segundo a polícia, enquanto estava no aguardo do resultado dos exames, o paciente acabou morrendo e os familiares dele que foram pegos de surpresa com a notícia dada pelo médico se revoltaram e subtraíram os prontuários. Momentos após os fatos, os familiares do paciente que foi a óbito devolveram os prontuários.
A Polícia Militar com a guarnição composta pelos cabos Sotti e César estiveram no local e registraram o caso como desacato.
A direção do PAM foi ouvida ontem, 9, à tarde, pela reportagem por telefone e explicou que o paciente passou por eletrocardiograma que não detectou infarto no primeiro atendimento e recebeu medicação. Na segunda vez, o paciente voltou de ambulância e com dor gástrica e o médico constatou que ele apresentava sintomas de um infarto e meia hora depois ele sofreu uma parada cardíaca e morreu.
Segundo a direção, os familiares suspeitavam que a medicação dada ao paciente provocou a parada cardíaca. O Serviço de Verificação de Óbito em Presidente Prudente atestou infarto como causa da morte.
De acordo com a direção do PAM, os familiares tomaram o prontuário das mãos do médico para tirar cópia o que não é permitido e, por isso, a polícia foi acionada para registrar a ocorrência.
A direção do PAM ressaltou ainda que quando ocorre o óbito do paciente, o acesso ao prontuário só pode ser analisado pela família através de ordem judicial.