Ontem, 6, no começo da tarde, Mateus Pedro da Costa, 31 anos, morador na rua Guimarães Rosa foi morto com três tiros na rua Pero Vaz de Caminha, no jardim Brasilândia. Ele foi encontrado caído no chão por policiais militares com ferimentos provocados por disparos de arma de fogo, que lhe atingiram por duas vezes no peito e uma no pescoço.
O Resgate compareceu no local e imediatamente encaminhou a vítima para o PAM, mas ele não resistiu e faleceu.
A polícia não conseguiu saber através da vítima quem teria sido o autor dos disparos, porque ele estava inconsciente.
Uma testemunha disse ao cabo Lorenzetti que atendeu a ocorrência que a vítima estava sendo ameaçada de morte por um indivíduo que tinha locado um bar existente nas proximidades do local do crime.
Segundo essa pessoa, as ameaças ocorriam porque a vítima estaria tentando vender uma porção de drogas em frente ao bar.
Policiais civis da DIG/DIG/GOE juntamente com policiais militares diligenciaram até o bar citado pela testemunha que estava aberto e indicava ter sido abandonado, lá encontraram uma pequena porção de maconha embaixo de uma folha de papel e mais duas porções de cocaína, em uma embalagem de bala dentro do lixo.
Nas investigações, a DIG/DISE conseguiu informações que apontavam os nomes de dois indivíduos como envolvidos no crime.
O local onde eles poderiam estar foi indicado e os policiais foram até o endereço e na residência lá existente perceberam que haviam duas pessoas.
Os investigadores entraram na casa e um dos suspeitos de participar do crime fugiu pelo portão lateral e levou algo consigo sob as roupas.
O elemento foi perseguido e na fuga jogou a arma no quintal de uma residência e em seguida caiu e foi alcançado e detido pela investigação.
Esse suspeito foi identificado como J.C.S., 21 anos, servente, residente na rua Fagundes Varela, no bairro João Vendramin. Ele negou participação no crime, mas confirmou que recebeu o revólver que dispensou de outro elemento cujo nome passou a investigação e indicou o local exato onde jogou a arma que foi localizada e apreendida. O revólver tratasse de um calibre 38 com a numeração raspada, com seis munições intactas.
Outras duas testemunhas confirmaram que o segundo elemento E.H.O.B., estudante de 19 anos, que fugiu, mesmo contra a vontade deles, realmente morava na mesma casa que o J.C.S.
De acordo com a polícia, essas pessoas disseram que o servente J.C.S. ao chegar a casa teria dito que havia matado Mateus e que o segundo indivíduo entregou uma arma e foi embora.
J.C.S. após ser preso disse à polícia que a vítima teve ciúmes dele e fez ameaças de morte, então comprou o revólver no Paraguai para defesa pessoal. Ele negou ainda que tenha mandado E.H.O.B. matar Mateus que tinha várias inimizades no bairro.
A investigação apurou que esse segundo rapaz é conhecido nos meios policiais por envolvimento com o tráfico de drogas.
A Polícia Civil realizou diligências pela cidade, mas o segundo elemento não foi localizado.
Na DIG/DISE, o investigado J.C.S. foi autuado em flagrante por homicídio e porte de arma.
Pela Polícia Civil trabalharam os delegados Alexandre Luengo Lopes (DISE) e Raimundo Farias de Oliveira e todos os investigadores. A Polícia Militar agiu com os cabos Lorenzetti, Kléber e Marcos e o sargento Esteves.
Até o final da tarde, o indivíduo autuado que não tem passagens pela polícia permanecia preso na DIG/DISE.
Segundo a investigação, Mateus Pedro da Costa morto a tiros constava como procurado da Justiça, por homicídio ocorrido alguns anos atrás, por revogação da liberdade condicional.
A polícia vai pedir a prisão temporária contra o rapaz que fugiu e não foi encontrado.