Na manhã de ontem, 27, autoridades de diversos setores da sociedade dracenense se reuniram com os comandantes do 25º Batalhão e da 1ª Cia. da Polícia Militar e ainda delegados da Polícia Civil, representantes do Conseg, da Secretaria Municipal de Assuntos e do Poder Legislativo, para definir como o problema do alto som automotivo e de estabelecimentos comerciais pode ser fiscalizado e punido de acordo com a lei. As autoridades presentes entenderam que o som alto realmente existe e se trata de uma poluição sonora e perturbação do sossego público, que vem prejudicando pessoas com problemas de saúde, principalmente na avenida Washington Luiz.
A Polícia Militar diz que está pronta para combater o problema e pede que as pessoas que se sentirem prejudicadas liguem para o 190 que o policiamento vai até o local para tomar as medidas cabíveis junto à autoridade judiciária.
O comandante do Batalhão, major Nelson Ezequiel da Silva, deixou bem claro que juntamente com a Polícia Civil, Ministério Público e o Poder Judiciário, as polícias vão atuar juntas para aplicar a punição aos eventuais infratores.
O major Ezequiel disse que está ocorrendo uma contravenção penal e infração administrativa no trânsito se tornando em crime de perturbação do sossego.
Segundo ele, a Polícia Militar vai intensificar o policiamento. As medidas contra os abusos serão tomadas com o apoio dos Poderes Executivo, Legislativo, da Legislação do Solo e da Polícia Civil, Ministério Público e do Judiciário, Conseg e Conselho Tutelar, com o objetivo de resolver a questão do barulho causado pelo som alto.
“Dracena é uma cidade excelente para morar. Não é possível permitir que pessoas sejam afetadas e não conseguirem dormir por causa do excesso de barulho. Tem que ter a conscientização, mas a lei deve ser cumprida. As pessoas que têm o som alto e pesado precisam ter a consciência que estão incomodando e prejudicando os outros, cometendo uma infração penal e administrativa”, afirmou o major.
De acordo com o major, não é somente o som de veículo que perturba, mas a lei abrange também o som alto em estabelecimentos comerciais e nas residências que não pode ser usado de maneira irregular. “Tem que haver o respeito à vizinhança, princípio de cidadania, de respeito ao próximo. O som alto pode acarretar doenças, é poluição sonora”, frisou o major Ezequiel.
O delegado Cleber Batista, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) disse que a Polícia Civil se une a todos, a fim de resolver esse problema de som alto na cidade. Explicou que as medidas administrativas e penais serão tomadas pelos delegados, inclusive apreendendo os veículos envolvidos, a fim de ser submetido ao exame pericial e posterior devolução do carro. “Na verdade esse problema incomoda a todos e é considerado grave. Precisa de uma solução e a Polícia Civil está empenhada e focada nisso”, disse o delegado.
O vereador e presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), Milton Polon afirmou que ouviu com muita atenção o posicionamento das polícias Militar e Civil e da diretoria de trânsito municipal, do poder legislativo e, com isso, chegou-se a decisão de ser montada uma comissão, visando se reunir com o Ministério Público e o Poder Judiciário numa tentativa definitiva para resolver o problema. “A reunião foi produtiva e agora essa comissão vai se reunir traçando os próximos passos e ver o que pode ser feito”, comentou Polon.
Este assunto já vem sendo tratado na cidade por algumas autoridades desde o mês de julho deste ano, porém a situação foi amenizada por alguns meses e agora o problema retornou.