Ontem (11/07) por volta das 17h30, Policiais Militares do 2º Batalhão de Polícia Militar Ambiental que prestam serviço no 1º Pelotão em Presidente Prudente, em atendimento a denúncia referente à criação de pássaros em cativeiro, realizaram vistoria em duas residências localizadas na Rua Dr. Raul Soares de Melo, Bairro João Paulo II em Presidente Bernardes, onde localizaram vinte e três aves da fauna silvestre nativa de espécies variadas, sendo elas: dois inhapim “icterus cayanensis”; dois coleirinho papa capim “sporophila caerulescens”; seis tico-ticos rei“coryphospingus cucullatus”; dois curiós “oryzoborus angolensis”; um papagaio verdadeiro “amazona aestiva”; quatro trinca ferros “saltator similis” e seis canários da terra verdadeiros “sicalis flaveola”.

Durante a fiscalização na primeira residência, onde foram encontradas 22 aves, constatou-se que o envolvido não era criador cadastrado junto ao órgão ambiental competente, bem como não possuía autorizações, notas fiscais, anilhas ou outros documentos que comprovassem a origem das aves.

No tocante ao bem estar dos animais, o proprietário possuía outras aves exóticas das espécies canário do reino e calopsita, que como estas, desfrutavam de boas condições de alimentação, higiene e abrigo, não indicando sinais de maus tratos, apenas criação com a finalidade exclusiva de estimação.

Também foi constatado que as aves da espécie curió, encontram-se constante na lista de animais ameaçados de extinção conforme Decreto Estadual 60133 de fevereiro de 2014. Diante dos fatos, foi elaborado um Auto de Infração Ambiental no valor de R$ 20.000,00 por ter em cativeiro espécimes da fauna silvestre nativa.

Na segunda residência havia um canário da terra verdadeiro, e o envolvido também foi autuado (modalidade advertência) por não ser criador cadastrado junto ao órgão ambiental competente, bem como não possuir autorização, nota fiscal, anilha ou outros documentos que comprovassem a origem da ave.

As aves foram recolhidas juntamente com suas respectivas gaiolas e reintroduzidas na natureza, ou seja, depois de observados alguns critérios, como claros sinais de agressividade e aversão a presença humana.

Contudo as aves da espécie papagaio verdadeiro, com claros sinais de domesticação e os curiós (que estão ameaçados de extinção), foram destinadas ao APASS (Associação Protetora dos Animais Silvestres de Assis).