Equipes da Operação Caça-fraudes da Sabesp, em parceria com
 a  Polícia  Civil,  flagraram  nesta  manhã  (12)  um  rapaz  que revendia
 dispositivos  para  fraudar  hidrômetros.  Os  equipamentos, importados da
 China,  eram  vendidos por R$ 270 cada e, no momento da compra, o vendedor
 orientava  o  cliente  como  usá-lo e, assim, diminuir o valor da conta de
 água.

 Durante  a inspeção, os policiais encontraram mais de 20 dispositivos para
 o  travamento  do  hidrômetro,  além  de material e endereços de prováveis
 clientes.  O  vendedor  foi  levado  ao  27º DP, no Campo Belo. O material
 apreendido será investigado.

 Sabesp  e  polícia reiteram que quem furta água está praticando um crime e
 pode  ser  indiciado  por  furto,  cuja  pena varia de um a quatro anos de
 reclusão, além da aplicação de multa.

 Para identificar o crime, a Sabesp trabalha com as equipes de caça-fraude,
 que  acompanham  o consumo e vistoriam os imóveis. Além disso, conta com a
 colaboração dos próprios moradores, que podem relatar casos suspeitos pelo
 195  ou pelo Disque-Denúncia (telefone 181), cuja chamada é gratuita e não
 exige a identificação de quem telefona.

 A  fraude  prejudica toda a população. Quem comete o crime não se preocupa
 com  o  desperdício,  pois acredita que não irá pagar pelo alto consumo. É
 comum   entre   fraudadores  deixar  torneiras  abertas  e  não  consertar
 vazamentos. Isso se torna ainda mais grave diante da pior seca da história
 da Grande São Paulo.

 Balanço  –  Os  resultados do esforço da Sabesp no combate a fraudes podem
 ser  contabilizados  nos  primeiros  cinco  meses  deste  ano. O número de
 irregularidades  identificadas  na Região Metropolitana de São Paulo subiu
 34%  na  comparação  com igual período de 2015. De janeiro a maio de 2016,
 foram 9.428 casos, contra 7.012 em 2015. Para se ter uma ideia, no período
 a  companhia  identificou  e  interrompeu, em média, 62 furtos de água por
 dia.  Em  parceria com a Secretaria de Segurança Pública, a Sabesp realiza
 operações  conjuntas com a polícia, para casos em que o fraudador impede a
 fiscalização  e  para  prender  os  agentes  fraudadores  –  que  vendem a
 adulteração para moradores, comerciantes e indústrias. ​

 O volume de água desviado com essas fraudes foi de 1,444 bilhão de litros,
 suficiente  para  abastecer  uma cidade do porte de Ferraz de Vasconcelos,
 com 182 mil habitantes, durante um mês inteiro. O prejuízo estimado foi de
 R$ 13,48 milhões.

Das  9.428  fraudes  identificadas  neste  ano, 7.987 foram registradas em
 residências,  o  que  representa  86%  do  total.  Em  imóveis comerciais,
 ocorreram  890  casos e na indústria e economia mista, 371. No entanto, as
 fraudes em comércios geram um desvio muito maior de água por causa do tipo
 de  consumo.  A  violação  de  hidrômetro (64%) e as ligações clandestinas
 (36%) foram as principais ocorrências.