Professores e economistas como Simão Davi Silber, Ricardo Amorim, Zeina Latif, entre outros sinalizam melhoras na economia para os próximos anos. Enquanto a expectativa for negativa, aqueles que têm dinheiro guardado ou crédito para tanto, evitam tirar da gaveta projetos que gerariam empregos e renda por receio de iminentes prejuízos. Quando a expectativa é positiva, investidoras empreendem com mais certezas irrigando a economia com recursos.
Especialistas apontam que o impeachment e a tendência de aprovação da Proposta de Ementa Constitucional (PEC) 241/55 aumentaram as expectativas de que venham acontecer outras reformas como da previdência e a trabalhista. Apesar das medidas serem polêmicas e gerarem consequência para a população, o nível de confiança no país subiu!
Conforme dados históricos, as recessões e recuperações econômicas revezam-se religiosamente. E, apontam, em média, para 5% de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) após os ciclos de crises econômicas. Observa-se ainda que, há poucos meses, as previsões de crescimento do PIB em 2017 eram nulas. Hoje, estas mesmas previsões estão em 1,3 % positivos para o próximo ano.
Segundo os especialistas, soma-se a este fato, a possível queda do dólar e da inflação. O mês de setembro último é um exemplo disso, uma vez que, registrou a menor inflação em 18 anos.
Ricardo Amorim, em uma de suas entrevistas, diz que as expectativas estão tão baixas no momento que, mesmo se o crescimento for abaixo da média histórica, quem sair na frente poderá se surpreender.
Esta tendência de crescimento, em 2017, pode levar ao desejado desengavetamento de projetos possibilitando a tão esperada retomada da economia.
Quanto a PEC 241/55, Ricardo Amorim afirma em uma de suas entrevistas que: “discute-se muito sobre as consequências de implementá-la, mas, pouco se fala sobre as consequências de NÃO implementar tais medidas”. Afinal, a PEC aumentará a confiança no país e a falta desta torna a economia instável o que agravará ainda mais a situação. Sem a PEC 241/55 faltarão novos negócios e haverá ainda mais riscos de desemprego, inflação e colapso da dívida, serviços e financiamento público.
Remédio amargo para a população! Contudo, ainda falta ver nos políticos atitudes para se tornarem exemplos daquilo que esperam daqueles que representam. Se há sacrifícios a serem feitos, que a classe política seja a primeira a entregá-los; que combatam rigorosamente a corrupção e reduzam seus altos salários e regalias. Afinal, passar a conta mais uma vez para população é “fácil”. Assim sendo, precisamos de líderes capazes de oferecer atitudes que, pelo menos, sirvam de exemplo para o sacrifício coletivo exigido.
*Colunista da FGV/ABS (FGV/América Business School) de Presidente Prudente ( fb.com/jkconsultoriaempresarial)