O heptacampeão de Fórmula 1 Michael Schumacher desistiu de substituir o brasileiro Felipe Massa na Ferrari, alegando não se encontrar na forma física ideal, informou nesta terça-feira o canal alemão “NTV”, notícia que foi confirmada posteriormente pelo site oficial do ex-piloto. O substituto de Massa será o italiano Luca Badoer, de 38 anos, confirmou a assessoria de imprensa da Ferrari.
“Ontem à noite informei ao presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, e ao diretor da equipe, Stefano Domenicali, que não poderia substituir Felipe. Tentei absolutamente tudo para que meu retorno fosse possível, mas para meu grande pesar, não funcionou. Não consegui controlar as dores que sinto no pescoço depois do treino privado em Mugello, apesar de termos tentado todo o possível a nível médico e terapêutico”, afirmou Schumacher em um comunicado.
Em 31 de julho, Schumacher testou um Ferrari de 2007 no circuito de Mugello, na Toscana (norte da Itália). Em fevereiro ele sofreu uma queda de moto em um circuito da Espanha. O alemão havia afirmado que voltaria às pistas por lealdade à equipe italiana.
Sobre a escolha de Badoer e não do espanhol Marc Gené – ambos são pilotos de testes da Ferrari – recentemente vencedor das 24 horas de Le Mans, a equipe italiana se limitou a dizer que divulgará um comunicado com o anúncio. Luca Badoer disputou 51 Grandes Prêmios e o último em que participou foi no Japão, em 1999, pilotando uma Minardi.
Euforia na Alemanha há duas semanas
Schumacher havia anunciado há duas semanas que retornaria à competição na F-1 no Grande Prêmio da Europa, a ser disputado em Valência (Espanha), em 23 de agosto, para substituir Massa, que no treino classificatório para o GP da Hungria, no último dia 25, foi atingido por uma mola que se soltou do carro de outro brasileiro, Rubens Barrichello, da Brawn GP. A notícia da volta de Schumi gerou euforia na Alemanha, embora já se sabia que tudo dependia de seu estado físico e das dores na nuca, derivadas das quedas sofridas em corridas de motos.
Schumacher, de 40 anos, se retirou em 2006, após sete títulos da F-1, cinco deles pilotando uma Ferrari.