Segundo pesquisa feita pela Fundação Seade, Dieese e Conselho da Condição Feminina, a taxa de desemprego total das mulheres diminuiu pelo sexto ano consecutivo, passando de 16,5%, em 2008, para 16,2%, no período seguinte.
O rendimento médio real por hora das mulheres ocupadas aumentou 3% e passou a corresponder a R$ 6,17, valor que equivale a 79,8% do atribuído aos homens (R$ 7,73). A remuneração média masculina caiu em 1,4%, o que diminuiu a diferença entre os dois rendimentos.
Já a taxa de participação da mulher no mercado de trabalho na Região Metropolitana de São Paulo caiu de 56,4% em 2008 para 55,9% em 2009. A redução da presença feminina no mercado aconteceu, principalmente, entre jovens, entre aquelas que ocupam a posição de filha no domicílio em que residem, as menos escolarizadas e as negras.
Outro estudo avalia a inserção da mulher no emprego doméstico entre 2000 e 2009 na Região Metropolitana. Ainda que o setor de serviços seja o principal gerador de emprego feminino, o trabalho doméstico é o segundo em importância. Em termos de perfil etário da doméstica, predomina a mulher adulta, de 25 a 49 anos, nos dois períodos analisados. Houve, também, o envelhecimento dessa mão de obra, principalmente pela redução da parcela de jovens de 18 a 24 anos e pelo crescimento daquela de 50 a 59 anos. Apesar de não ser predominante, aumentou a participação de trabalhadora com ensino médio completo ou superior incompleto.
O último estudo avalia o mercado de trabalho doméstico do ano passado nas áreas metropolitanas onde a pesquisa de emprego e desemprego é realizada: Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal.
O serviço doméstico apareceu como segundo setor que mais ocupou mulher nas regiões de São Paulo (17,1%), Belo Horizonte (15,2%) e no Distrito Federal (17%). As maiores proporções de mulheres que trabalhavam nos serviços domésticos foram observadas em Fortaleza e Recife (18,3%, em cada uma das regiões), enquanto a menor foi verificada em Porto Alegre (13,0%).