“Qual diamante de fino quilate” é o primeiro verso do Hino a Dracena, de autoria do maestro Aécio de Féo Flora. E foi justamente ao digitar essa frase num site de busca, que Jorge Luís, um dos filhos do maestro falecido em 1994, encontrou outro hino. O hino do município de Tabapuã a 410 km de São Paulo.
De acordo com o site oficial daquele município o Hino de Tabapuã foi elaborado através do decreto nº. 042 de 04/061 e homologado pelo decreto nº. de 099 de 06/11/2001. Já o hino dracenense foi oficializado pela lei 6.907, em 21 de novembro de 1967, no mandato do prefeito Manoel Gomes Gonçalves, mais conhecido como Galeno. A letra e música são de autoria do maestro Aécio.
Para Aécio de Féo Flora Filho, os hinos apresentam trechos idênticos. “Tabapuã é conhecida como Cidade Jardim, mas no hino foi usada Cidade Milagre, denominação promocional de Dracena”, diz. Ele conta que a família está indignada e que estuda uma atitude a ser tomada. “Estamos analisando o que vamos fazer. Não se trata apenas de uma questão familiar, usurparam o hino do município”, considera. Ele entrou em contato com o vereador Francisco Rossi.
A reportagem telefonou para o vereador, que estava em São Paulo. Rossi explicou que na próxima segunda-feira apresentará na sessão da Câmara moção de protesto, que será enviada ao prefeito e presidente da Câmara de Tabapuã, comunicando a semelhança entre os hinos e a anterioridade do Hino a Dracena, que foi oficializado 34 anos antes do de Tabapuã.
Aécio de Féo Flora era maestro, professor de música, escrevia poesias, tocava vários instrumentos de sopro, fez parte da Academia Piracicabana de Letras e é autor de hinos de outros municípios da região e de escolas locais.