O inverno começa na próxima segunda-feira (21), às 8h28, horário de Brasília, mas o frio se antecipou à estação, segundo a Climatempo Meteorologia. Desde o começo de maio, seis massas polares significativas atingiram o centro-sul do Brasil e a sensação de frio perdurou por pelo menos 40 dias.
A mudança de comportamento aconteceu com a frente fria que passou pelo Rio de Janeiro no dia 6 de abril, causando muitos estragos e um volume de chuva muito grande em 24 horas. A partir daí, o padrão de verão, quente e úmido ficou para trás, e aos poucos a atmosfera foi ficando mais seca a mais fria.
Temperaturas negativas já foram registradas neste ano no Sul. No começo de junho os termômetros chegaram a -1,1°C em General Carneiro, no Paraná, e a -0,5°C em Urubici, em Santa Catarina. A mesma onda de frio que mudou as condições meteorológicas no Sul derrubou a temperatura no Centro-Oeste do Brasil e até provocou geada, ainda que fraca, no sul de Mato Grosso do Sul.
Mas isso é um indício que o próximo Inverno será muito frio? Não necessariamente, segundo a meteorologista da Climatempo, Patricia Madeira. Vários elementos precisam ser analisados. Um fator importante que deve ser levado em consideração é a intensificação do fenômeno La Ninã (o resfriamento anormal das águas do Pacífico Equatorial), já que em anos de atuação desse fenômeno os invernos costumam ser frios. Entretanto, o La Niña só deve influenciar o Brasil de agosto em diante.
A passagem de frentes frias pela região Sul entre os meses de julho e setembro é comum, mas elas normalmente chegam enfraquecidas ao Sudeste e ao Centro-Oeste. Essas duas regiões registram pouca chuva nos meses de inverno, assim como a maior parte do Nordeste, o Tocantins, o sul do Pará e Rondônia.