O Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), por meio do Plano Aeroviário do Estado, elaborado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), estuda a ampliação do Aeroporto Estadual de Presidente Prudente para mais de um milhão de metros quadrados. A área ocupada hoje é de 847 mil metros quadrados.

A obra deve-se ao crescimento cinco vezes maior no número de embarques e desembarques, que passou de quatro mil atendimentos em 2007 para cerca de 19 mil em maio de 2010, devido a chegada e operação de novas companhias aéreas. Uma das benfeitorias prevê a construção de um novo terminal de passageiros.

O objetivo em ampliar o aeroporto é suprir o possível aumento no número de passageiros nos próximos anos, bem como evitar problemas como os já existentes em aeroportos de grande porte, a exemplo de Congonhas, em São Paulo, que não conseguiu aumentar da mesma forma que sua demanda atual, segundo o diretor de engenharia do Daesp Jamil Abukater.

“Queremos expandir o terminal [de passageiros] do aeroporto que hoje é restrito, bem como construir um pátio de aeronaves, um novo estacionamento de veículos e possibilitar o funcionamento de todos os serviços
correlatos que compõem o terminal”, adianta Abukater.

O estudo não prevê mudanças na pista de pouso e decolagens, de acordo com o diretor de Operações do Daesp, José Mauro de Figueiredo Garcia. “A pista tem 2.122 metros e é considerada a principal do Estado. Não tem porque reestruturá-la”, frisa.
Para efeito de comparação, a pista do Aeroporto Estadual de Prudente é maior do que o de Congonhas, que possui duas; uma com 1.640 metros e outra com 1.345 metros, segundo a Infraero. No Estado, a pista do aeroporto prudentino é menor que a dos aeroportos internacionais de Guarulhos, com uma pista de 3.700 metros e outra de três mil metros, e o de Viracopos, em Campinas, que possui uma pista de 3.240 metros.

No entanto, ele enfatiza que para execução do plano, que trata de toda a rede de aeroportos estaduais e de diretrizes de crescimento, algumas torres instaladas nas proximidades do local precisariam ser “rebaixadas, sinalizadas ou removidas”.

O Departamento Jurídico da Prefeitura vai analisar o plano aeroviário elaborado pelo Anac, já que o órgão não havia apresentado o mesmo ao município, complementa o secretário de Planejamento, Laércio Alcântara.

“Nossa equipe técnica irá analisar esse programa de expansão, de forma que ele não prejudique a construção do centro administrativo a ser construída em área desapropriada na proximidade daquela região, onde serão construídos a sede da Câmara Municipal, o Fórum e uma Delegacia Regional de Polícia Civil”, diz.