O Ministério Público Federal no Pará impugnou dez candidaturas, entre elas as dos deputados federais Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT) e a do ex-deputado estadual Luiz Sefer (PP). Segundo a procuradoria, os três candidatos podem ser enquadrados na lei da Ficha Limpa por terem renunciado a seus mandatos para não ser cassados.
O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) analisa os pedidos de candidatura e decidirá se são válidos.
A renúncia de Barbalho ocorreu ainda em 2001, quando ele era senador e enfrentava seguidas acusações de corrupção e desvio de dinheiro público. O peemedebista chegou a ser presidente do Senado, para onde tenta agora voltar.
Em 2005, Paulo Rocha –que hoje quer se eleger senador– também deixou o cargo de deputado federal, sob o risco de ser cassado por suposto envolvimento no escândalo do mensalão.
Já o ex-democrata Luiz Sefer renunciou no ano passado, depois de ser acusado de ter abusado sexualmente de uma menina de nove anos.
Neste ano, ele foi condenado a 21 anos de prisão pelo crime, mas conseguiu na Justiça o direito de responder o processo em liberdade. Sefer nega as suspeitas e tenta ganhar de novo uma vaga na Assembleia Legislativa.
Sefer disse que a questão será analisada por seus advogados. O PMDB disse acreditar que Barbalho não será prejudicado pela nova legislação. Instada pela reportagem, a assessoria de Rocha ainda não deu a versão do candidato.