A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou na tarde desta quarta-feira (14) que foram presos hoje três homens que teriam participado do assalto à loja de relógios da marca Rolex, do shopping Cidade Jardim, na zona sul da cidade, no último dia 7 de junho.

A captura foi realizada por agentes do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc). Ainda não há outros detalhes sobre o contexto da ação policial.

Agora, já são oito os detidos pelo crime. O último a ser preso foi Thiago Santos, na sexta-feira (2). Ele também assumiu ter participado do roubou ao shopping Paulista, no dia 24 de abril.

Santos foi preso em flagrante por posse de arma de fogo, que, segundo a polícia, foi roubada de um policial militar durante o roubo ao shopping Cidade Jardim, um dos mais luxuosos do país.

Segundo o delegado José Antônio do Nascimento, da delegacia de Repressão a Roubo de Joias do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), responsável pelo caso, ele deixou a prisão no dia 30 de março, depois de cumprir pena por roubo a joalheria.

Relembro o caso

No dia 9 de junho, a polícia divulgou as imagens do segundo assalto no shopping Cidade Jardim, registrado no dia 7 de junho. Nos vídeos, é possível ver os três homens que entraram na loja e mais sete pessoas que estão envolvidas no crime. Dois carros também foram usados pelos bandidos.

Os homens que foram flagrados pelas câmeras de segurança usavam óculos escuros. Alguns estavam com roupas esportivas, como camisas polos e tênis, outros usavam ternos. A ação durou cinco minutos, sendo que os criminosos permaneceram menos de três minutos dentro da loja.

Na ocasião, o delegado Nascimento disse que o grupo estudou o local antes e o fato de a loja estar perto da saída do shopping facilitou o crime. Segundo ele, os óculos faziam parte de uma estratégia. “Eles sabiam que estavam sendo filmados. É para dificultar o reconhecimento”, explicou.

Para o delegado, a sequência de roubos a shoppings pode significar uma mudança de foco de um grupo criminoso. “Uma quadrilha que roubava lotéricas pode ter decidido que era fácil roubar joalherias. Essa migração acontece no mundo do crime. Agora, os receptores estão em evidência, a segurança tende a ser reforçada, o muro vai subir, então ficou mais difícil”, resumiu.