O casal de aposentados João Maria de Lima e Benedita de Lima, conhecidos como seu Lima e dona Dita, sempre teve o hábito de manter uma horta no quintal. Dentre os canteiros de alface, cebolinha, salsinha, coentro, rúcula, beterraba, rabanete e abóbora cultivados por seu Lima, toda a família teve uma surpresa com as cores de três abobrinhas. “Plantamos as sementes, pensando se tratar da abóbora comum, na floração já percebemos que era diferente das outras. Havia duas cores bem definidas e separadas: verde e amarela”, conta dona Dita.
A abobrinha que surpreendeu a família é a “brasileirinha” desenvolvida pelos técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e lançada um pouco antes da Copa do Mundo de 2006, sua principal característica é a divisão da casca nas cores verde e amarela. As sementes já estão disponíveis no mercado.
Provavelmente, eles devem ter comprado vários pacotes com as sementes de abóbora, sem se atentar para as diferentes categorias. Ainda assim, a aposentada relata que a “brasileirinha” tem feito sucesso entre os amigos e a vizinhança. “Quem fica sabendo da história vem à nossa casa conhecer a abóbora”, brinca.
A frase mais ouvida pelo casal nesses dias tem sido “nunca tinha visto abóbora de duas cores”. Eles pretendem deixar uma para secar e assim guardar as sementes para replantar, a outra vai para a mesa da família. “Vou fazer refogada”, adianta dona Dita.
A terceira foi levada por um conhecido para mostrar a família. A “brasileirinha” pode ser consumida normalmente tanto refogada, em rodelas ou ralada em saladas de acordo com a preferência de cada um.