Funcionários do Fórum local e o delegado regional da Assojuris, Ilton Guedes se reuniram no prédio do Fórum, ontem (5), quando a greve dos servidores do Poder Judiciário do estado de São Paulo completou 100 dias para tratar das decisões do movimento paredista.
Ilton informou que cerca de 800 servidores estiveram em Brasília na última terça-feira (3) realizando atos públicos em frente ao Conselho Nacional de Justiça – CNJ – pedindo para que o Conselho tomasse providências. O órgão estabeleceu prazo de 72 horas, que se encerra hoje (6) para que o Tribunal de Justiça se pronunciasse sobre o não julgamento do dissídio coletivo e o desconto dos dias parados uma vez que o desconto não pode ser feito enquanto o dissídio estiver em trânsito.
Outra questão apontada por Ilton foi a audiência pública realizada nos arredores da Assembleia Legislativa, em São Paulo na última quarta-feira (4) com os grevistas, deputados e representante oficial do TJ, o desembargador Willian Campos, que se comprometeu a marcar uma reunião com os representantes dos servidores e deputados para analisar o índice de reposição a ser dado. Ainda de acordo com o delegado da Assojuris, o desembargador explicou que o Tribunal vai estudar judicialmente a possibilidade da devolução dos valores descontados do salário e a retirada das faltas mediante realização de mutirão para colocar o serviço em ordem.
Ilton considera que, pela primeira vez, o Tribunal de Justiça acenou com a possibilidade de um acordo. E que se a instituição mantiver o posicionamento de devolver os valores descontados, retirar as faltas e conceder a reposição salarial, uma das reivindicações iniciais dos servidores, o fim da greve pode estar próximo.
Pelo menos até a próxima quarta-feira (11) a greve deve continuar.