Há 32 anos, a Instituição Novo Amanhecer (INA) desenvolve atividades que visam o direito à cidadania e a qualificação para o trabalho, atendendo adolescentes a partir dos 14 até os 17 anos e dez meses, provenientes de famílias de baixa renda e matriculados na rede pública de ensino. Na instituição, eles têm a oportunidade de frequentar diversas oficinas e cursos no contra-turno da escola e ainda são preparados como aprendizes em parceria com as empresas da cidade, por meio do PQA – Programa de Qualificação de Aprendizagem, com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A INA atende atualmente 300 jovens e, destes, 83 estão inseridos no mercado de trabalho pelo PQA, com atividade remunerada, carteira de trabalho assinada, de acordo com a legislação trabalhista e previdenciária, obedecendo aos dispositivos de proteção do adolescente. No PQA, os jovens frequentam um dos três cursos oferecidos (operações de supermercado, serviços de escritório e vendas e telemarketing) em dois dias da semana na INA e, nos demais, exercem a prática nas empresas. Um novo curso, de serviços bancários, foi cadastrado e deverá começar em breve.
Luiz Antonio dos Santos Guizelini, que assumiu a presidência da INA em primeiro de agosto, ressaltou as ações da instituição no sentido de criar oportunidades aos jovens, o trabalho de inclusão social e o crescimento nos atendimentos. “Em anos anteriores eram atendidos cerca de 60, 100 alunos; hoje estamos com 300. A instituição cresceu rapidamente e não tem como se manter sozinha, necessitando da colaboração de toda a sociedade para se estruturar e proporcionar mais oportunidades para as crianças e adolescentes não ficarem na marginalidade”, diz.
Ele ainda destacou que no próximo mês, a instituição começará a Escola de Pais com o objetivo de ter uma parceria maior com as famílias, já que muitos dos alunos vêm de lares desestruturados. Guizelini também reforçou que a INA se tornou referência para as empresas, que procuram vários de seus alunos. Aqueles que participaram dos cursos do PQA e não foram contratados pelas empresas possuem os currículos disponíveis na Instituição Novo Amanhecer, que continua o trabalho de encaminhamento dos jovens para o mercado de trabalho.
Sandrali Paschoalotto, que também integra a nova diretoria, comentou que os jovens já saem da instituição com uma noção de trabalho, o que é um impulso muito bom para o aprendiz. “Por determinação da lei, as empresas autuadas pelo Ministério do Trabalho precisam cumprir a cota de aprendizes. Mesmo que não cumpram todas as vagas, solicitando ao menos um de nossos aprendizes, as empresas já estariam contribuindo para o trabalho social da instituição. É uma criança que estão tirando da rua e ajudando a crescer”, ressalta.
Entre as metas da nova diretoria do Novo Amanhecer está o aumento das contribuições, melhorar e criar outros cursos, conseguir verbas estaduais para construção de duas salas de aula e reforma da marcenaria, e estruturar a parte pedagógica da instituição.