O zelador Raimundo Gregório da Silva confessou ter matado e escondido os ossos de duas jovens no interior do Paraná, segundo a polícia da cidade de Campo Mourão. A polícia encontrou ontem nova ossada no forro da escola onde Silva trabalhava. O zelador foi preso quinta-feira na casa de um filho dele, em Sarandi, onde aconteceram os crimes. De acordo com a polícia, ele não ofereceu resistência à prisão. Silva disse às autoridades que a ossada encontrada é das mesmas vítimas.
Na sexta-feira da semana passada, policiais de Campo Mourão encontraram duas ossadas no Colégio Estadual Vinícius de Morais. As ossadas são, supostamente, de duas estudantes do colégio que estão desaparecidas. Uma, de 16 anos, desapareceu em agosto de 2008, a outra, de 21 anos, em janeiro deste ano. O zelador é suspeito de ambos os desaparecimentos.
As ossadas foram encontradas em uma fossa desativada no pátio do colégio, na tarde de sexta-feira. A polícia de Campo Mourão retomou há duas semanas a investigação pelo desaparecimento da jovem de 16 anos. Na época do desaparecimento, a adolescente, que cursava a 8ºsérie, disse à avó que viajaria com Silva. O zelador contou à família da menina que ela havia fugido com o namorado. E foi indiciado por subtração de incapaz.
A polícia encerrou as investigações, por conta de mensagens de celular supostamente enviadas pela menina à família. Porém, o inquérito foi reaberto pelo delegado José Aparecido Jacovós, que encontrou pontos obscuros e chamou o zelador para depor novamente. Silva permanece preso na 16ª Subdivisão da Polícia até a conclusão do inquérito policial.
Horas depois do depoimento, a família da jovem voltou a receber mensagens de celular, dizendo que ela estava vivendo na Itália e pedindo que a queixa contra Silva fosse retirada. A polícia verificou que as mensagens partiam de um telefone do Paraná.