O goleiro Bruno Fernandes, ex-capitão do Flamengo, e o amigo dele Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, deixaram nesta manhã o Presídio de Contagem (MG) em direção ao Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. Lá, eles embarcaram em um avião da Polícia Civil de Minas Gerais para o Rio de Janeiro, onde serão recebidos por agentes da Guarda Penitenciária. A chegada deles está prevista para as 11 horas. Os dois vão fazer exame de corpo de delito no Instituto médico-legal (IML) antes de seguir para a audiência.
Bruno e Macarrão vão participar, a partir das 14 horas, na 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, da primeira audiência de instrução e julgamento do processo em que eles são acusados de sequestro e crime de lesão corporal contra Eliza Samudio, ex-amante do atleta, em outubro de 2009. Eliza acusou os dois e outro homem, ainda não identificado, de sequestro e tentativa de indução ao aborto.
Na primeira audiência, cinco testemunhas de acusação serão ouvidas. Nas próximas semanas, testemunhas de defesa serão convocadas. Ércio Quaresma, advogado do atleta e de Macarrão, escolheu a própria Eliza, desaparecida desde o início de junho, como uma das testemunhas do goleiro, mas a Justiça se negou a atender o pedido.
Bruno, Macarrão e outras oito pessoas foram indiciados pela Divisão de Homicídios de Contagem (MG) e denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado na forma qualificada, além de ocultação do cadáver da jovem. Eliza tentava provar na Justiça que Bruno era pai de seu filho. Mesmo sem encontrar o corpo, a polícia a considera morta.
Além de Eliza, Quaresma também convocou para falar em defesa do jogador o diretor do Futebol do Flamengo, Zico, o ex-técnico do time Andrade, o lateral-direito Leonardo Moura e a presidente do clube, Patrícia Amorim.