O número de usuários de Internet no Brasil cresceu em cerca de 12 milhões entre 2008 e 2009, ou 21,5 por cento, revelam dados da Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio (PNAD).

O levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que no ano passado o Brasil tinha 67,9 milhões de usuários de Internet, contra 55,9 milhões em 2008. Segundo o IBGE, 41,7 por cento da população estava conectada em 2009, acima dos 34,8 por cento no ano anterior.

De 2005 a 2009, o salto no número de usuários de Internet no país foi de 112,9 por cento, de acordo com o IBGE. Em 2005, eram 31,9 milhões de pessoas com 10 anos ou mais acessando à rede mundial de computadores.

As regiões mais pobres do Brasil –Norte e Nordeste– apresentaram os maiores aumentos de usuários nos últimos anos. O salto no total de internautas na região Nordeste foi de 213,9 por cento e na Norte de 171,2 por cento.

“O percentual nas regiões mais pobres subiu em função do barateamento do serviço e do seu acesso, bem como o barateamento do próprio computador no Brasil”, disse a pesquisadora do IBGE Maria Lúcia Vieira. “O aumento do rendimento tem impacto em todos os acessos a bens também.”

Ainda assim, enquanto no Sudeste 48,1 por cento da população possui acesso à rede, no Nordeste o patamar é de 30,2 por cento e no Norte estava em 34,3 por cento no ano passado.

MAIS CASAS COM PC

Segundo o IBGE, o percentual de domicílios com computadores no Brasil passou de 23,8 em 2008 para 27,4 em 2009. Em 2004, apenas 12,2 por cento das residências brasileiras tinham PCs.

O acesso à Internet é mais frequente entre os mais jovens, de acordo com a PNAD, mas os adultos estão aderindo cada vez mais à tecnologia. Nas faixas etárias de 10 a 14 anos, o percentual de acesso era de 58,8 por cento; entre 15 e 17 anos subiu de 62,9 para 71,1 por cento; e de 18 e 19 anos aumentou de 59,7 para 68,7 por cento.

Apenas 15,2 por cento da população na faixa de 50 anos ou mais usava Internet em 2009, de acordo com a PNAD. “O percentual é menor , mas é um pessoal que está se atualizando. Essa é um ferramenta fundamental para quem está no mercado de trabalho”, observou a pesquisadora do IBGE.