Embora o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central) tenha alcançado a meta de superávit primário até agosto, levando em consideração o abatimento dos investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a chamada meta cheia, que foi reduzida de R$ 40 bilhões para R$ 30 bilhões, não foi atingida. Essa meta engloba os gastos no PAC.
No período, o superávit primário (economia para honrar compromissos financeiros) ficou em R$ 29,4 bilhões. Ao divulgar os números, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, demonstrou que o resultado não preocupa o governo
“Os cumprimentos das metas do quadrimestre são apenas referências. Nós estamos bem próximos da meta do quadrimestre e em relação ao critério da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias], que é o critério legal, nós temos uma sobra de R$ 11,3 bilhões”, disse.
O secretário rebateu críticas do mercado financeiro de que o governo não conseguirá cumprir as metas. Ele disse que o mercado tem o direito de ter opiniões sobre as metas, mas há um equívoco, pois o governo obterá o resultado necessário para este ano, que é de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) para todo o setor público consolidado.
“Se ele [mercado financeiro] está entendendo que não cumpriremos o [superávit] primário, está errado. Nós vamos cumprir o primário, sem o PPI [Projeto Piloto de Investimentos] e sem o retorno do Fundo Soberano”, disse.
No superávit do Governo Central acumulado no ano, o Tesouro Nacional foi responsável por R$ 60,7 bilhões. A Previdência apresentou um déficit de R$ 30,5 bilhões e o Banco Central, de R$ 417 milhões. Amanhã (29), o Banco Central divulgará o resultado consolidado de todo o setor público no período.